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AJUSTADOR
Ministro de Temer quer excluir 10% dos beneficiários do Bolsa Família
João Alberto

O novo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário é o responsável, no governo Temer, pela gestão do programa Bolsa Família. Nessa terça-feira (17), o responsável pela pasta, ministro Osmar Terra (PMDB-RS), declarou que pretende realizar um "pente-fino" no programa, para reduzir em até 10% o número de beneficiários. Essa medida, segundo Terra, seria para retirar quem não se encaixa na faixa de renda estipulada para se ter acesso ao benefício, e para focar nos que mais precisam.

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Essa afirmação do ministro é escandalosa. A renda proporcionada pelo Bolsa Família, somada aos demais rendimentos da família atendida, ainda fica muito abaixo do valor do salário mínimo do DIEESE, atualmente calculado em R$3.716,77 (que corresponderia ao valor mínimo necessário para uma família ter uma vida digna). A maioria dos trabalhadores, sejam eles beneficiários do Bolsa Família ou não, recebe bem menos do que o salário mínimo do DIEESE. Esse corte anunciado por Osmar Terra não é um esforço pela "justiça" no programa, como sua retórica demagógica quer fazer parecer. É na verdade um ajuste que vem para precarizar ainda mais as condições de vida de cerca de 5 milhões de pessoas, entre beneficiários e dependentes, ao retirar uma complementação de renda indispensável e insuficiente para os gastos básicos de uma família.

Além disso, o ministro declarou: “O Bolsa Família não é uma opção de vida, as pessoas não podem querer que seus filhos possam viver só do Bolsa Família”. De fato, o Bolsa Família não é uma opção de vida, inclusive porque não há muitas opções de vida para o trabalhador dentro do capitalismo. No segundo ponto o ministro acerta. Só esquece de dizer que para que os filhos não dependam do Bolsa Família é preciso garantir vagas nas universidades com políticas de permanência para todos, e empregos cujos salários cubram as despesas familiares. O que vinha ocorrendo no governo Dilma e tende a se aprofundar com Temer é justamente o contrário: acesso e permanência no ensino superior cada vez mais atacados, e desemprego batendo recordes.

As afirmações de Osmar Terra vêm mais uma vez confirmar a intenção do presidente golpista Michel Temer de cortar gastos rapidamente de diversas áreas sociais. A educação está sob controle do DEM, que foi contra até os limitados projetos petistas de expansão do acesso ao ensino superior. A saúde, sob controle do ministro Ricardo Barros, que recebeu doações de campanha de planos de saúde privados. E agora até o Bolsa Família, um programa de combate à miséria, está sob ataque.

É preciso resistir às investidas desse governo golpista. Somente os métodos históricos da classe trabalhadora, como greves e ocupações, podem barrar o desmonte dos serviços e programas públicos pretendido por Temer. Contra a ofensiva neoliberal, abaixo o governo Temer! Impor, a partir das lutas da juventude e dos trabalhadores, uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana.

 
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