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ASSEMBLEIA CONSTITUINTE NO MÉXICO
Um chamado para a esquerda independente: apoiar Anticapitalistas al Constituyente
Pablo Oprinari

Um feito inédito, nas próximas eleições para a Assembleia Constituinte da Cidade do México veremos, pela primeira vez em décadas, uma candidatura com registro da esquerda anticapitalista e socialista. A organizações e personalidades que se reivindicam de esquerda e democráticas devem apoiar ativamente essa candidatura.

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Depois de superar as restrições e travas impostas pelo Instituto Nacional Eleitoral, e de realizar uma verdadeira façanha ao superar as mais de 74.000 de assinaturas requeridas embasado em um grande movimento militante nas escolas, faculdades, centros de trabalho, praças e o metrô, desde 18 de abril, iniciou a campanha da candidatura independente da chapa Anticapitalistas al Constituyente. A esquerda socialista mostrou assim que é possível enfrentar e derrotar as manobras do regime político e conquistar uma candidatura própria.

Nos espaços oficiais, nos canais de televisão e nas emissoras de rádio, nas redes sociais e nas ruas, já se escuta as propostas que são formuladas pelos candidatos Sergio Moissen e Sulem Estrada.

Eles apresentam a necessidade de que seja escutada a voz dos trabalhadores, das mulheres e da juventude na próxima Constituinte.
Os partidos a serviço dos empresários apresentam um discurso demagógico que não pode esconder que seu interesse é preservar os interesses os capitalistas e dos poderosos.

Por outro lado, Anticapitalistas al Constituyente, chapa impulsionada pelo Movimento dos Trabalhadores Socialistas e a agrupação de mulheres Pão e Rosas, busca defender e ampliar as conquistas e direitos das maiorias que movem essa megalópole, contra a política e o programa dos partidos patronais.

As propostas dos Anticapitalistas

Como fizemos desde a “pré-campanha”, Anticapitalistas al Constituyente denuncia as travas que restringem - que fizeram somente 8 dos independentes alcançarem seu registro - e apresenta que os 100 deputados deveriam ser eleitos por voto universal.
Moissen e Estrada propõem que todo funcionário público - como os futuros prefeito e deputados da Cidade do México - devem ser revogáveis e ganhar igual a uma professora ou um trabalhador médio. Sustentam também que as decisões políticas e econômicas da cidade - como a alocação de verbas - devem ser tomadas democraticamente, para o qual se propõe uma Assembleia Soberana organizada tanto pelas prefeituras, quanto em nível distrital.

A chapa 5 impulsiona o ingresso irrestrito à educação, garantindo isso por impostos progressivos sobre as grandes fortunas e o não pagamento da dívida externa.
Essa candidatura, impulsionada por muitos professores e normalistas, sustenta a revogação da reforma educativa na Cidade do México.

É parte do seu programa a proposta de proibir o trabalho precário e a terceirização, assim como um salário mínimo de acordo com a cesta básica e a inflação.
Essas são algumas das propostas que levantam Moissen e Estrada. Junto a outras, como a luta por direitos das mulheres e da comunidade LGBT, a questão do transporte público, os megaprojetos, entre outros, os quais podem ser revistos aqui e que têm sido amplamente apresentados no La Izquierda Diario.

Como Anticapitalistas al Constituiyente, está proposto realizar um debate público com aqueles candidatos que se reivindicam democráticos e de esquerda. Exigimos que esse debate seja televisado, em que todos os participantes estejam em igual posição, diferente dos rádios e da televisão onde os independentes ficam em condições desfavoráveis.

Isso é uma garantia democrática elementar para que milhõs de trabalhadores, mulheres e jovens possam conhecer as propostas dos distintos candidatos e não somente os de partidos a serviço dos empresários e de aqueles “independentes” que contam com “ajudas” da iniciativa privada.

Impulsionemos Anticapitalistas para a Constituinte

É a primeira vez em décads que a esquerda socialista e anticapitalista pode apresentar-se nas eleições sob um registro próprio, sem ter de colar nos partidos “opositores” do regime político.

Hoje é possível que na Constituinte da Cidade do México não se escute somente a voz dos partidos do Pacto pelo México.

É possível que não se ouça somente a voz de quem se diz de oposição, mas se limitam a reformar esse regime irrecuperável, como o Morena ou Movimiento Ciudadano. É possível que não sejam somente “independentes” vinculados a esses partidos - como o cavaleiro Ismael Figueroa - que só ocupam um assento. Os demais candidatos representam o sistema ou variantes da centro-esquerda.

É possível que os anticapitalistas estejamos presentes, defendendo também ali os direitos e conquistas da classe operária e dos oprimidos da cidade e lutando para ampliá-las. É o que farão, na Constituinte, Sergio Moissen e Sulem Estrada, trabalhadores da educação, militantes e lutadores socialistas.

Isso representa uma conquista que vai mais além do que impulsionamos nessa campanha militante e queremos arrancar o regime político nessa candidatura. É uma conquista para todos os trabalhadores e o povo da Cidade do México e para a esquerda em geral.

E, por isso, consideramos que deve ser saudada e apoiada ativamente por todas as organizações que se reclamam de esquerda - e em primeiro lugar aqueles que se dizem socialistas - e democráticas, assim como as organizações políticas que se reivindicam da classe trabalhadora, como a Organização Política dos Trabalhadores.
Até personagens e intelectuais - como Massimo Modonesi, Joel Ortega e Joel Ortega Juaréz - realizaram um importante gesto democrático ao apoiar publicamente a candidatura de Sergio e Sulem.

Para chegar à Constituinte, necessitamos de 70.000 votos. Chamamos a criar uma grande movimento em apoio à candidatura de Anticapitalistas a la Constituyente, para alcançar - pela primeira vez em décadas - um deputado constituinte que defenda os interesses da classe trabalhadora e o conjunto dos explorados e oprimidos da cidade.

 
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