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ESTUDANTES EM LUTA
Tá tranquilo, tá ocupado: novas escolas técnicas e estaduais ocupadas, greve nas Universidades Estaduais
Odete Assis
Mestranda em Literatura Brasileira na UFMG

Nessa terça-feira, 3 de maio, mais cinco ETECs e a E.E. Emydio de Barros foram ocupadas pelos estudantes secundaristas em luta contra o roubo da merenda e os ataques a educação. Mesmo com a tentativa de intimidação do governo do estado, mandando a policia pra reprimir os secundaristas nas ocupações a luta permanece e só cresce o número de escolas ocupadas.

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Depois da tropa de choque ter passado o dia inteiro dentro da ocupação do Centro Paula Souza, numa clara medida repressiva do governador que se deparou com a força e resistência dos estudantes mantendo a ocupação mesmo com a ameaça de repressão policial. Os secundaristas deram mais uma demonstração de que a luta tá só começando, segunda ocuparam a ETEC Paulistano e a ETESP (Escola Técnica Estadual de São Paulo). Terça pela manhã uma onda de ocupações, com as ETEC Santa Ifigênia e Jaraguá totalmente ocupadas e as Etec Pirituba e Basilides de Godoy parcialmente, além da ocupação da E.E. Emygdio de Barros.

Desde que se levantaram contra a reorganização escolar no ano passado e impuseram a primeira derrota para o governador Geraldo Alckmin em anos de governo do PSDB, os secundaristas de São Paulo vem dando demonstrações de que essa nova geração de juventude não tem medo da luta, e esse ano não são só as escolas, mas as Universidades Estaduais Paulistas estão na onda da mobilização com os cursos deliberando por greve com pautas principais contra os cortes na educação e o golpe. Essas lutas se somam as ocupações de escolas no Rio de Janeiro que vem resistindo a tentativa de isolar as lutas, atualmente com a ameaça de férias feita pelo governo do PMDB.

Na noite dessa terça-feira a ALESP (Assembléia Legislativa de São Paulo) foi ocupada por estudantes, denunciando a corrupção nas merendas, estavam presentes as entidades estudantis secundaristas e a UJS que atualmente é a corrente que dirige a UNE. Essas entidades passaram anos mantendo o movimento estudantil passivo, e servindo de obstáculo a organização das lutas. Os secundaristas venceram ano passado, justamente por terem sido contra o burocratismo das direções das entidades como UBES e Upes que deveriam organizá-los para luta, hoje essas entidades se vem claramente pressionadas pela base dos estudantes que querem lutar contra o golpe e os ajustes, a se moverem.

É necessário exigir desde as ocupações e greve que a UNE e as entidades de secundaristas rompam sua subordinação com o petismo e coloquem suas foras nas lutas, chamando atos e assembleias. Para organizar uma forte paralisação no próximo dia 10 de maio.

Essa luta não é só pela merenda escolar, essa luta é pelo direito ao futuro de toda uma geração cuja crise vem retirando direitos e sonhos. Essa luta, tendo na sua linha de frente as mulheres, os negros, as LGBT mostra como a juventude quer muito mais que seu direito a educação, essa juventude quer o direito ao seu corpo, a sua liberdade sexual, quer lutar toda e qualquer forma de opressão e todas as amarras imposta por essa sociedade capitalista. E se hoje os governos respondem com bombas, balas de borracha e a tropa de choque nas escolas ocupadas é porque ele já percebeu que esses jovens podem ser a faísca que junto a classe trabalhadora vai incendiar e transformar esse país.

 
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