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DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES
Radicalizar a luta contra o golpe e os ajustes dos governos com greves e ações em todo o país
MRT - Movimento Revolucionário de Trabalhadores
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O golpe orquestrado por parte do que existe de mais reacionário no país, com Cunha, Temer e Bolsonaro à cabeça, com apoio da mídia golpista e do judiciário, mostrou sua cara mais nefasta no domingo na aprovação na Câmara. Aos olhos de milhões, fica cada vez mais claro que não se trata de nenhuma luta contra a corrupção, mas de um golpe contra o sufrágio universal e os poucos direitos democráticos conquistados com lutas, que querem atacar e abrir espaço para ajustes e ataques ainda mais duros para que sejam os trabalhadores e a juventude que paguem pela crise, sendo que já somos nós os que mais estamos sofrendo as consequências.

Ficou claro como a estratégia adotada pelas direções do movimento de massas de convocar atos e shows, enquanto nas alturas Lula e Dilma faziam negociatas com partidos de direita da antiga base governista, não serviu para derrotar o golpe na Câmara. Agora, pressionam o Senado a fim de controlar a luta de classes. É a continuidade da política levada a frente nos governos do PT: buscar alianças com os setores reacionários em busca de uma suposta “governabilidade” e passivizar o movimento de massas. Ao assimilar a corrupção para administrar o capitalismo, implementar duros ajustes no governo Dilma e impedir que os sindicatos lutem contra os ataques do "seu" governo, o PT abriu o caminho para a atual ofensiva da direita.

É urgente radicalizar a luta contra o golpe em todo o país, colocando de pé os principais batalhões da classe trabalhadora para paralisar os centros da economia, organizando ações de protesto em cada canto do país do movimento estudantil, sem terra e sem teto. Somente com o país paralisado será possível impedir que o golpe seja consumado e um eventual governo golpista de Temer venha com seu governo puramente de empresários, banqueiros e reacionários para atacar fortemente, mais ainda do que já vinha atacando o governo Dilma.

Não rechaçamos o golpe pelos mesmos motivos do PT, que diz defender a democracia, mas que defende essa democracia do suborno e dos ajustes. Rechaçamos o golpe nos colocando lado a lado dos trabalhadores que repudiam a ofensiva da direita e os ataques aos direitos democráticos que se escondem por trás da Lava Jato e as disputas entre os interesses capitalistas que essa operação representa.

Somente será possível que a massa de trabalhadores entre em movimento relacionando a luta contra o golpe à luta em defesa dos direitos, contra os ataques, os ajustes e as demissões que já estão ocorrendo massivamente pelo país. O plano de luta para resistir ao golpe com a mobilização independente das massas deve defender a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que ataque a corrupção pela raiz, faça os capitalistas pagarem pela crise e enfrente os problemas estruturais do país.

Por isso, neste 1 de maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, chamamos todos os trabalhadores, mulheres e jovens a se somarem nos atos convocados pela CUT e CTB, PSOL, MTST, e pela Frente Povo Sem Medo, pois apesar da paralisia cúmplice que as centrais governistas como CUT e CTB impõem até agora ao movimento de massas estes serão os únicos atos contra o golpe, que vai definir o que vai ocorrer no país no próximo período.

Chamamos a conformar um bloco combativo e independente do PT nesta manifestação, que componha o ato com o objetivo de não somente manifestar-se contra o golpe, mas que exija das direções ali presentes um plano de luta efetivo, que seja organizado a partir de assembleias nos locais de trabalho e estudo. Nós viemos travando essa batalha e votando essa política de lutar contra o impeachment e os ataques dos governos em assembleias, como foi no Sintusp, na UERJ, na Unicamp, nos cursos de Letras e educação da USP e outras.

Um bloco que vai dizer que o 1 de maio não pode ser um dia festivo, mas que deve preparar este plano de luta. As direções do ato estão dizendo que este dia será uma “Assembléia Popular da Classe Trabalhadora”, sem que estejam mobilizando nos locais de trabalho para algo que tenha este caráter. Basta de discursos. Uma assembleia deste tipo deveria ser convocada com mandatos das assembleias de cada categoria, o que não foi. Neste caso, o mínimo que se deve fazer é que no 1 de maio se abra a palavra para todos os setores em luta contra o golpe, e a todas as lutas em curso no país, em especial a do Rio de Janeiro e setores que resistem aos ajustes, para debater a estratégia para vencer, rompendo com as ilusões nas negociatas que as direções burocráticas tem colocado até agora.

Uma parte das organizações que se reivindicam de esquerda, como o PSTU e correntes internas do PSOL, veio se negando a se posicionar contra o impeachment e depois da votação na Câmara escandalosamente organizam um 1 de maio que não se posiciona contra este golpe reacionário. Querem surfar na onda da direita cavando a própria cova e querendo levar junto os trabalhadoras e a juventude.

O Espaço Unidade de Ação e os sindicatos da Conlutas devem rever sua política para batalhar por uma saída independente para a crise junto às bases dos sindicatos da CUT.

 
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