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NOSSA LUTA
Por uma esquerda anticapitalista e revolucionária dos trabalhadores, das mulheres e da juventude.
Juan Valenzuela
Pablo Torres

Lutamos nos sindicatos, nas universidades e no terreno político por uma alternativa de classe independente dos empresários, do Chile Vamos e da Nueva Mayoría (Nova Maioria).

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Na frente única de trabalhadores, uma alternativa de combate

A mobilização convocada pela CUT (Central Unitaria de Trabajadores de Chile) para o dia 22 de março foi um acontecimento político importante. 45.000 trabalhadores mobilizados em todo o país, paralisações no setor público e bloqueios de estradas em algumas minas. As motivações: salário, demissões, melhores condições de trabalho, indignação com a corrupção, etc. A burocracia buscou apoio à reforma laboral, porém milhares protestaram contra ela e, nos atos oficiais, a maioria não participou. Inclusive, se ouviam vaias à Bárbara Figueroa no ato central.

Desde a Alternativa Operária, junto com companheiros independentes, lutamos por paralisações ativas com mobilização contra a reforma trabalhista e para que a CUT rompa com a sua subordinação ao governo e impulsione um plano de lutas. Não nos abstemos das ruas como outras organizações fazem com argumentos esquerdistas. Com delegados e trabalhadores dos Correios do Chile da Agrupação Werker, impulsionamos paralisações e marchamos em Santiago, Valparaíso e Antofagasta. Na zona norte de Santiago, com trabalhadores dos correios e dirigentes industriais. O GAM paralisou com uma posição “dissidente” à da burocracia sindical. Também atuamos na “coordenadora de hospitais base”.

No movimento estudantil, a COFECH (Confederación de Estudiantes de Chile) se “absteve”, dividindo o movimento sindical e estudantil. Desde a Agrupação Combativa e Revolucionária (ACR) no Pedagógico, Vencer na Universidade do Chile, lutamos por uma paralisação com mobilização com as bandeiras de unidade operário-estudantil. No Pedagógico, em carreiras como castelhano, história e artes, conseguiram paralisar e marchar um setor. Na Universidade do Chile, na Filosofia e Humanidades marchamos juntos aos funcionários. Em Antofagasta, junto aos mineiros nos cortes e mobilizações com companheiros do Centro de Estudiantes de Periodismo da UCN (Universidad Católica del Norte) foram detidos pela repressão. Desde essas e outras universidades do país saímos à luta nesse dia nas ruas.

A luta para recuperar os sindicatos como ferramentas de luta, por um polo combativo, anti-burocrático e a unidade operário-estudantil, é impossível sem a unidade de ação nas ruas, com uma política alternativa à da burocracia sindical, que enfrente aos empresários e aos seus partidos. Uma corrente classista e uma juventude revolucionária não se constroem desligadas da intervenção na luta de classes, mas, sim, no calor desta e em combate às burocracias.

Uma força desde às bases no Colégio de Professores

Em comum com mais de 60 professores(as) de Antofagasta, Santiago e Temuco, impulsionamos no dia 2 de abril o Encontro pela Recuperação do Colégio de Professores. Participaram companheiras como Patricia Romo de Antofagasta, professora referência de amplos setores de base na cidade, e que está sob ataque do Município, lutando contra a seu desligamento do liceu B-13. Se propõe a atuar como uma alternativa anti-burocrática junto a professores de diferentes comunidades. O Encontro foi um importante passo para desenvolver nestas e outras cidades a organização dos professores(as) com importantes campanhas na perspectiva de recuperar seu organismo desde as bases, no marco de um grande descontentamento com a burocracia do Partido Comunista Chileno (PC) liderada por Gajardo.

21 de Abril: por uma grande paralização e mobilização estudantil. Por. educação gratuita e a coordenação desde às bases

Em poucas semanas se apresenta o projeto de reforma da educação superior, uma das consignas do governo. A CONFECH convocou a primeira mobilização para o 21 de Abril, e pode ser uma jornada que volte a por o movimento estudantil como ator na disputa política. Porém, as direções da CONFECH (“anti-neoliberais”) desenvolvem um duplo discurso. Para “cima”, na mídia, falam de uma ofensiva estudantil, ao mesmo tempo aberta à “gradualidade” e ao diálogo. Para “baixo”, não organizam assembleias para preparar a mobilização, coordenar e dar-lhe continuidade.

Lutamos, junto a companheiros(as) da Agrupação Combativa e Revolucionária, assim como Vencer na Universidade do Chile, como a paralização recém votada na Filosofia, por uma paralização massiva e mobilização para que sejamos dezenas de milhares nas ruas recuperando a educação gratuita para todos enfrentando as mentiras das reformas. Na Universidade do Chile e Pedagógico, viemos sendo parte de lutas contra as expulsões no Direito, contra o assédio na Filosofia e nas Artes por falta de infraestrutura, buscando liga-las a essa perspectiva. No “Cordón Macul” há uma importante tradição combativa e de esquerda. Assembleias Gerais nos cursos e nos campus, assim como em todo o Cordón, podem permitir a unidade e continuidade e, em aliança com os funcionários, ser um exemplo democrático de coordenação desde as bases frente a burocratização da CONFECH, que buscamos democratizar, buscando uma alternativa de luta pelas nossas demandas e independente do governo.

Ao calor dessa luta, buscamos construir uma juventude revolucionária e anticapitalista de centenas de estudantes em todo o país que se proponha a derrubar a educação de mercado no seu alicerce e a se aliar à classe trabalhadora sem nenhuma confiança no regime e nos seus partidos.

Por um 1º de Maio Classista e Internacionalista

Como continuação dessas batalhas, projetamos um 1º de maio classista e anti-burocrático. Marcharemos na marcha central da CUT e impulsionaremos um Ato Alternativo, classista e internacionalista, que proponha a luta pela recuperação da CUT e por uma nova Central Única de Trabalhadores, e que sejamos centenas em todo o país reivindicando as bandeiras do classismo e internacionalismo internacional.

Por um Encontro de Mulheres e Diversidade Sexual

Desde a agrupação Pão e Rosas – Teresa Flores, que integramos junto a dezenas de trabalhadoras e estudantes independentes e companheiros(as) da diversidade sexual, estamos impulsionando o primeiro encontro de mulheres e diversidade sexual. Nosso objetivo é colaborar para a um movimento feminista vinculado ao movimento operário e ao movimento estudantil, independente do governo, da Igreja e dos empresários.

Desde a Secretaria de Sexualidades e Gêneros da Filosofia e Humanidades da Universidade do Chile, na qual participa a nossa companheira Bárbara Brito, conselheira FECH, em comum com trabalharas dos Correios, professores, comitê de mulheres do Sindicato GAM, do Líder; o Pedagógico e desde a SESEGEN do Periodismo USACH, assim como dezenas de mulheres independentes e organizações políticas de esquerda e feministas, temos impulsionado reuniões de preparação como a reunião de coordenação do sábado 16 de abril, para um encontro de luta pelas demandas da mulher e pela diversidade, que conquiste nas ruas os direitos como o do aborto legal, seguro e gratuito, acabe com o assédio sexual nos locais de trabalho e de estudo, por igual trabalho igual salário, e inúmeras outras iniciativas, enfrentando as forças conservadoras de forma independente do governo e de suas reformas moderadas. Um encontro de luta e independente, de mulheres trabalhadoras e estudantes.

Nesse caminho construímos o Pão e Rosas, buscando sermos centenas de mulheres organizadas em empresas e universidades, com a perspectiva de um feminismo classista, revolucionário e anticapitalista.

Uma esquerda anticapitalista dos trabalhadores, das mulheres e da juventude.

Novas figuras e forças políticas emergem no calor da crise dos partidos. Jackson da Revolución Democrática (RD) é uma delas. Sua figura juvenil e o seu perfil “independente”, o projetou como uma das figuras mais reconhecidas pela população, não obstante não ser uma alternativa à Nova Maioria, sendo deputado graças a um pacto com ela, membros de sua organização são parte do Ministério da Educação e busca uma política de colaboração com as enganosas reformas.

O deputado Gabriel Boric, da Esquerda Autônoma (IA), desenvolve um atrativo discurso mais “radical” de denúncia ao regime, de “autonomia” aos velhos partidos e empresários. Importantes setores da população se veem representados ali. Porém, a IA dirige a CONFECH junto a outras organizações e ali o discurso de “ruptura” se transforma em “gradualidade”, o de “ofensiva estudantil” em diálogo e negociações estéreis, e o de “autonomia” em colaboração com a casta privilegiada de reitores e a burocracia universitária. Do discurso de Boric à realidade da CONFECH, é uma estratégia meramente eleitoral e de pressão ao governo.

Desde o Partido de Trabalhadores Revolucionários buscamos construir uma alternativa política de combate dos trabalhadores, da juventude e das mulheres, independente dos empresários, da direita e da Nova Maioria.

Desde o La Izquierda Diario, a um ano do seu lançamento, tem sido lido por quase um milhão de pessoas, trabalhadores, mulheres, estudantes, intelectuais, e como parte da nossa rede internacional La Izquierda Diário (em cinco idiomas, em países da América Latina e Europa), cotidianamente enfrentamos a política dos grandes meios de comunicação dos empresário e do discurso oficialista, por uma voz independente dos trabalhadores, das mulheres e da juventude. Nos propomos a dar um salto na nossa mídia independente, ampliando a sua massividade e influencia, se propondo a ser uma ferramenta cotidiana desde dentro das lutas e dos processos de organização do movimento operário e estudantil.

Desde uma perspectiva e um combate internacionalista na França, ao grito de “Tous Emsemble” desde a Corrente Comunista Revolucionária lutamos na primeira fileira da fenomenal luta que está se desenvolvendo na juventude e setores do movimento operário contra a reforma trabalhista do governo “socialista” de Hollande, pela greve geral e por uma mobilização pelo fim da reforma, contra a política da burocracia de conter e “melhorar a reforma”. Essa grandiosa luta é exemplo para a juventude do mundo todo de que esse sistema capitalista oferece mais miséria e precarização, longe de qualquer “ilusão” de uma grande recuperação.

No Brasil, desde o Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), chamamos a impulsionar um plano de lutas desde os sindicatos e centros acadêmicos para barrar o golpe institucional do impeachment, promovida pelo capital estrangeiro, pelas grandes patronais (agrária e industrial), pelas grandes mídias como a Globo, e desde a oposição direitista e reacionária que mostrou seu “espetáculo” de domingo, e desde uma posição independente, contra os ajustes que o governo do PT vem aplicando, que abriu caminho à direita através de alianças durante seus 12 anos de governo, que duraram até poucas semanas.

Nos propomos a avançar na construção de uma alternativa de esquerda anticapitalista, revolucionária e internacionalista, que seja força decisiva nos próximos processos da luta de classes e de lutas politicas.

Tradução: Ítalo Gimenes


Temas relacionados: Paro nacional 22m / Política Chile / Encuentro Nacional de Mujeres / Internacional

 
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