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14 DE ABRIL / CONTRA A REFORMA TRABALHISTA
Brutal repressão em Paris contra estudantes que rechaçaram a reforma trabalhista
Revolution Permanente
França

A Praça da República em Paris se converteu em uma zona de guerra virtual com a selvagem repressão da polícia sobre os estudantes que marchava contra a reforma trabalhista de Hollande.

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Os estudantes de Paris tomaram novamente as ruas nesta quinta-feira, 14 de abril, contra a Lei de Trabalho impulsionada pelo governo de Hollande.

Dezenas de milhares de estudantes se dirigiram na manhã de quinta até a bastilha atravessando a Praça da República, que ficou famosa nas últimas semanas por acolher o movimento “Nuit Debout”, quando as forças de segurança e a polícia antimotins começou a jogar gás lacrimogêneo contra os jovens. Foram primeiro três ou quatros gases, como uma forma de provocação aos manifestantes. Como nas últimas manifestações, a polícia se fez presente para amedrontar e deter manifestantes, mas desta vez terminou convertendo o centro da cidade numa zona de guerra, desencadeando uma repressão sem precedentes.

Antes de chegar à Praça da República, os estudantes começaram a perceber a concentração policial e corríam rumores sobre a possibilidade de que se desatasse uma repressão, apesar de o trajeto ter sido aprovado pelo próprio departamento de polícia.

Uma vez na Praça da República, a polícia antidistúrbios lançou gás lacrimogêneo contra as colunas de universitários e secundaristas, em um ato de provocação com o objetivo de dissolver a mobilização e amedrontar os manifestantes. Os estudantes fizeram todo o possível para permanecerem juntos, mas a polícia avançou sobre eles atirando mais gases, tornando o ambiente irrespirável e fazendo com que muitos estudantes terminsassem sufocados e cegados pelo gás.

Segundo o que contava um dos manifestantes ao jornal Revolução Permanente, havia tantos policiais quantos manifestantes; uma mulher que passava pelo lugar perguntou se não se tratava na verdade de uma marcha da polícia.

Com a ação desta quinta o governo e suas forças repressivas marcaram um novo recorde na repressão ao movimento contra a Lei de Trabalho depois de se fingir de conciliador, no início dessa semana, nas reuniões com a direção da UNEF (Organização Sindical de Estudantes).

Este novo episódio mostra uma continuidade com a política do governo de reprimir os estudantes, que vem sendo a vanguarda da luta contra a reforma trabalhista. As numerosas provocações e a repressão da polícia durante a semana passada terminaram com um saldo de 130 estudantes detidos em uma das mobilizações em Paris. Com esta política o governo aponta o isolamento dos estudantes e debilita-los, algo que não conseguiram até agora.

Muitos estudantes secundaristas, como os do liceu Bregson (que sofreram a repressão em sua própria carne uma semana antes) não puderam chegar devido a presença policial em toda a área metropolitana.

A universidade Paris 1 (Tolbiac) fora bloqueada com mesas e cadeiras, que foram colocadas pelos membros do Comitê de Mobilização.

Na Assembleia Geral os trabalhadores da faculdade votaram marchar junto com os estudantes contra a Lei de Trabalho e pela libertação dos detidos.

Muitos deles se encontravam entre os manifestantes que foram reprimidos. Outro grupo marchou até a comissão do bairro 12 para pedir pela liberdade de Baptiste, no que finalmente se revelou a quinta-feira a noite. Baptiste é um estudante da universidade que foi detido na terça-feira durante uma ação de solidariedade dos universitários com a luta dos trabalhadores ferroviários em São Lázaro. Antes de sua detenção, na mesma terça, os estudantes foram participar da assembleia na Praça da República, onde estava reunido o movimento Nuit Debout, que resolveu marchar com cerca de 800 manifestantes até a comissão para reclamar a liberdade de Baptiste, na mesma noite.

Apesar da repressão desta quinta, centenas de estudantes se encontravam ainda no centro da Praça da República. Juntos começaram a discutir que resposta deve-se dar frente a uma nova agressão por parte das forças de segurança do governo, ao mesmo tempo que preparam uma nova manifestação par o dia 20 de abril.

 
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