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REPRESSÃO CONTRA ESTUDANTES
Falta merenda, mas sobra prisões, agressões e spray de pimenta aos estudantes
Tatiane Lima
Diego Felicetti
Coordenador do CACH - Unicamp

Foi uma quinta atípica na universidade e especialmente nas escolas da região do Ouro Verde em Campinas. Entre os estudantes, professores e funcionários não se falava de outra coisa que não fosse a brutal repressão protagonizada pela Polícia Militar de Alckmin contra os alunos de diversas escolas na manhã de ontem.

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Secundarista foi arrastada a força, teve suas roupas rasgadas e ficou com marcas da agressão no corpo

São diversos relatos que traremos aos leitores do Esquerda Diário nos próximos dias dos presentes na manifestação. Socos, chutes, destruição de celular por estar gravando, assédio moral, machismo, racismo, abuso de poder e ameaças são alguns dos itens da lista, já cotidiana, de infrações da PM, cometida novamente com crianças e adolescentes no dia de ontem. Tuany Cristina, estudante do Eliseu, assim como nós Tatiane Lima e Diego Feliceti, estudantes da Unicamp e também membros da gestão do CACH e militantes da FAÍSCA, fomos presos arbitrariamente durante a manifestação, liberados por volta das 14:00 da Delegacia e estamos bem. Assim que fomos liberados nos dirigimos ao Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo delito frente as agressões sofridas.

Momento em que a polícia avança arbitrariamente contra os estudantes, com spray de pimenta, cassetete, socos e arrastões.

Isso tudo ocorre justamente em meio ao processo em que os responsáveis pelo desvio de milhões de reais da merenda escolar começam a ser apurados. O esquema envolveria dezenas de cidades e o alto escalão do PSDB, dentre eles, o deputado atual presidente da ALESP, Fernando Capez. A repressão em Campinas ontem não foi um fato isolado, mas uma operação decidida, dirigida pela PM a mando do governo estadual. A mesma repressão que vimos contra os estudantes em atos na capital, e nas perseguições contra as torcidas organizadas, impedidas de levarem aos estádios a faixa: “QUEM VAI PUNIR O LADRÃO DE MERENDAS?”.

O alto escalão de paus-mandados da Diretoria Oeste de Campinas, segundo reportagem da EPTV, respondeu que nenhum dos motivos que levou os alunos as ruas (falta de merenda, falta de papel higiênico e giz, problemas estruturais, falta de materiais didáticos, desvalorização salarial dos professores e funcionários), ocorre nas escolas da região. Um escândalo: em que mundo vivem? Sabem como estão as escolas? Diante de uma repressão brutal, os dirigentes de ensino são cúmplices e coniventes com o esquema de corrupção e com a repressão contra os estudantes. Não era de se esperar outra coisa.

Meninas na linha de frente da luta pela educação e contra a repressão

Os secundaristas vem tomando as ruas contra os ataques de todos os governos país afora. Do Pará ao Rio de Janeiro, os secundas estão fervendo. Os estudantes da região do Ouro Verde, mas também de outras regiões da cidade, devem intensificar as manifestações nas próximas semanas.

 
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