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GREVE DA EDUCAÇÃO
Greve continua em Contagem depois do “entra e sai” de Secretário
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais

Trabalhadores da educação do município de Contagem seguem em greve para que suas reivindicações sejam atendidas em meio a mais um corte da educação e à grande instabilidade política nacional

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Em assembleia realizada hoje na Praça Iria Diniz, com cerca de 300 trabalhadores e dezenas de escolas paralisadas, votou-se a continuidade da greve, a realização de novos comandos de greve, uma vigília na Prefeitura Municipal de Contagem na sexta feira e a realização de mais uma assembleia na escadaria da Igreja São Gonzalo na próxima terça feira, dia 12/04. A assembleia contou com saudações da CSP Conlutas, do SindSaúde, da Juventude Faísca com a presença de jovens universitários e secundaristas, e terminou com um ato ocupando simbolicamente a Secretaria de Educação da cidade.

A assembleia aconteceu apenas cinco dias depois de ter sido publicada a exoneração do atual Secretário da Educação da cidade, José Ramoniele, tornada sem efeito poucos dias depois. Mais uma mostra que na cidade governada pelo PCdoB de Carlim Moura as burocracias administrativas visando interesses do PCdoB junto a um punhado de empresas da região são ágeis e a intransigência contra os trabalhadores confirmam-se como uma marca da prefeitura. Isso porque após 17 dias de greve e dois anos sem reajustes os trabalhadores seguem sem respostas a suas demandas.

A greve municipal da educação de Contagem acontece conjuntamente à greve da educação do Rio de Janeiro que nos últimos dias foi fortalecida com a luta e ocupação de escolas por estudantes secundaristas que buscaram se tornar protagonistas na defesa da educação contra os descasos dos governos.

A luta também acontece conjuntamente a mais um corte da educação feito pelo governo Dilma do PT que desde o ano passado já cortou mais de 9 bilhões de reais da educação somados a outro novo corte de mais 9 bilhões.

O PCdoB que está na prefeitura da cidade, da UNE e da CTB que dirige o sindicato de metalúrgicos de Betim, é o principal implementador da precarização da educação na cidade e está junto ao governo Dilma e os ataques deste governo. Por isso que Carlim desde a prefeitura diz haver crise e necessidade de ajustes, porém não poupou os bolsos dos contagenses aumentando as passagens de ônibus e dando isenção de dívidas para empresas de ônibus.

É o mesmo governo que aprofundou em Contagem a precarização do ensino com falta de professores, falta de merenda, postos precários via PSS, parcerias público privadas na educação e a falta de reajuste salarial na saúde e educação pelo segundo ano consecutivo. Carlim, o governo estadual de Fernando Pimentel e o governo federal andam juntos pelos ajustes e cortes na educação.

Apenas uma forte mobilização independente dos trabalhadores que conquiste apoio da população e massifique a greve na categoria é que pode conquistar as demandas da greve frente a governos de ajustes do PT e do PCdoB e a setores de direita que buscam articular uma tentativa de um golpe institucional via impeachment.

Todo fortalecimento da mobilização dos trabalhadores é necessária para não deixar a luta pela educação refém das negociatas ao redor dos ajustes contra os trabalhadores. A CUT e a CTB precisam romper sua subordinação aos governos de ajuste de Dilma, Fernando Pimentel e Carlim Moura e impulsionar um plano de lutas em defesa da educação, contra os ajustes e contra o impeachment, capaz de fortalecer greves municipais como as que são bravamente levadas à frente em Contagem e com muita espontaneidade no Rio de Janeiro.

 
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