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PARALISAÇÕES DIA 15
Protestos contra lei da terceirização se alastram no país
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Da redação

atualizado 16/04, às 00:46

Neste dia 15, Dia de Paralisação Nacional contra a terceirização e em defesa de direitos está sendo marcado em todo país por paralisações, protestos, piquetes e manifestações de rua, chegando a 23 estados e o distrito federal em variadas categorias de trabalhadores. As mobilizações tiveram a adesão das centrais sindicais antigovernistas, Conlutas e Intersindical/CCA e de centrais governistas como a CUT e CTB .

O Esquerda Diário com informações das centrais sindicais e de militantes nos atos fez uma cobertura especial durante todo o dia de hoje e coletou informações das paralisações nas principais regiões do país que começaram logo na madrugada. Muitas destas mobilizações tem como foco, além da PL 4330 que regulamente a amplia a terceirização, também os ajustes econômicos do governo Dilma, reivindicando a revogação das MPs 664 e 665 que atacam direitos básicos dos trabalhadores.

Entre os estados que tiveram mobilizações, podemos destacar:

Rio Grande do Sul

Desde a madrugada, todos os trabalhadores ligados ao Sindimetrô/RS aderiram ao movimento de paralisação nacional contra o PL 4330 em Porto Alegre. A categoria entendeu a gravidade do ataque aos direitos dos trabalhadores e a própria organização sindical e decidiram paralisar 100%.
No mesmo horário, um piquete organizado em conjunto pelas centrais bloqueou a saída dos ônibus da Carris, empresa pública e que opera cerca de 40% do transporte público na capital. Mesmo contra a orientação do sindicato, os rodoviários aderiram à luta. A ponte do Guaíba, importante via de ligação da região sul com Porto Alegre, foi bloqueada por 2 horas por militantes do movimento popular.
Educadores, ligados à Oposição do CPERS pararam as escolas de Porto Alegre e de várias cidades do interior. Um acampamento com ato público aconteceu em frente à sede do governo estadual, na Praça da Matriz. Também os bancos não funcionaram.

Rio de Janeiro

Paralisações na escola estadual Colégio Pedro II e no Instituto de Educação de Surdos; os técnicos da UFRJ também pararam. Os petroleiros aderiram em peso na Reduc, Nuclep, 15 unidades da CEDAE, Terminal Baia de Guanabara e Central Elétrica de Seropédica. Os trabalhadores dos Correios em Benfica também fizeram paralisações parciais. Ocorreu uma importante paralisação da casa da moeda, empresa estatal que imprime dinheiro e passaportes também. Em manifestação no centro do Rio, mais de mil trabalhadores se reuniram em manifestação contra o PL, caminhando do tradicional ponto de encontro na Candelária até a FIRJAN, a federação patronal da industria.

São Paulo

Houve manifestações dos trabalhadores da USP com bloqueio da Ponte da Cidade Universitária, e depois ato até a estação Butantã, pedindo a reintegração dos metroviários e ao CESEB para reivindicar a defesa do hospital público da USP. O movimento Luta Popular também aderiu à mobilização e travou a Rodovia Anhanguera. Bancários realizaram protestos no centro de São Paulo, incluindo paralisações de uma hora em agências, como na 7 de Abril no centro.
Metalúrgicos de São José dos Campos paralisam e bloqueiam a Rodovia Dutra. Os metalúrgicos de Campinas e do ABC paralisaram hoje, com passeatas em avenidas de Campinas na Rodovia Anchieta. Houve paralisação na Replan (Refinaria petroleira em São José dos Campos e em Paulínia e na Recap, grande São Paulo, houve atraso na troca de turno e trancaço.
No final da tarde, centrais sindicais, partidos políticos e movimentos sociais realizaram ato em São Paulo com milhares de manifestantes, que ganhou a avenida Paulista e chegou ao prédio da FIESP, onde os ativistas concentram sua denúncia a terceirização.

Minas Gerais

As paralisações começaram cedo na região de Contagem.
A avenida Amazonas, em Belo Horizonte, foi fechada na parte da manhã. A avenida que se segue à BR-381, que liga Minas Gerais a São Paulo, ficou bloqueada por aproximadamente uma hora. Boa parte das mais de 100 pessoas presentes era formada por metalúrgicos. Militantes de diversas entidades se somaram aos petroleiros no ato contra o PL 4330 na Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Petrobras, em Betim. A categoria realiza greve de 24h como parte da Paralisação Nacional. Ao longo do dia estavam previstos mais protestos em outras categorias, como educação e saúde.
Na região central da capital mineira, às 16hs, cerca de mil pessoas caminharam em ato unificado que fechou as ruas e foi da Praça Afonso Arinus até a Praça Sete.

Brasília

Cedinho os rodoviários fizeram uma paralisação relâmpago durante umas duas horas; Brasília amanheceu engarrafada por conta dessa manifestação dos trabalhadores. No entardecer, a CUT encabeçou, ao lado de sindicatos de professores, trabalhadores do comércio e outros uma marcha na rodoviária (terminal principal), mas que não superou 3-4 mil pessoas. A tônica era de repúdio ao PL 4330, ao mesmo tempo em que a burocracia sindical, em seus cartazes, preservava o governo Dilma.

Espírito Santo

No Espírito Santo, os trabalhadores portuários fecharam portos e pontes que são de acesso estratégico às principais cidades do estado e de escoamento de produção de minérios para exportação. Sindicatos bloquearam as principais vias de Vitória na manhã desta quarta-feira (15), como parte da jornada de paralisações contra o PL 4330. No Centro de Vitória, houve repressão aos manifestantes, a PM utilizou bombas de efeito moral. A CUT calcula que 1000 manifestantes realizaram protesto na Vila Rubim, em Vitória, no começo da manhã de hoje.

Ceará

Manifestantes se reuniram na Praça do Carmo, no Centro de Fortaleza, para reivindicar moradias. O ato seguiu pelas ruas do bairro, como avenida Barão do rio Branco, e foi encerrado na Praça do Ferreira. A manifestação teve início às 8 horas e por volta das 11h40min o grupo começou a se dispersar, na Praça do Ferreira. Outros dois atos estão programados para os dias 19 e 30 de abril.Os professores municipais paralisaram hoje na capital do Ceará.

Integraram aos atos desta quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-Ce) Sindicato dos Gráficos do Ceará (Sintigrace), Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSIFCE) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção Feminina e Moda Íntima de Fortaleza (Sindconfe).

Pará

Realizou-se no dia de hoje uma assembleia com trabalhadores da construção civil do Pará. Houve um ato Unificado que reuniu professores da UEPA, educação básica, operários da construção civil, bancários, professores da UFPA e outros ativistas nas ruas de Belém, contra a PL 4330, as MPs 664 e 665 e a favor da greve da Educação Pública no estado do Pará. CSP-Conlutas, Unidos pra Lutar, Juntos, PSTU, PSOL, ANEL, CUT, CTB também participaram.

Maranhão

No Maranhão, houve ato em frente ao Campus da Federal. Houve paralisação na BR135 em conjunto com a CTB, da qual participaram professores da Universidade Federal do Maranhão, bancários, estudantes, metalúrgicos, vigilantes e rodoviários.

Piauí

Em Teresina, desde às 7h, dezenas de pessoas se concentraram em frente à sede da Eletrobrás e seguiram para a avenida Frei Serafim. Trabalhadores de outros órgãos como Chesf, Agespisa e até motoristas de ônibus e comerciários pararam as atividades durante o dia. Uma manifestação começou por volta das 9h30 e encerrou às 12h50.

Bahia

Logo pela manhã, Salvador começou o dia de luta com os ônibus parados por quatro horas (100% da frota de ônibus ficou parada), além de agências bancárias. Em Camaçari entidades bloquearam a entrada da cidade, fechando o acesso à fábrica da Ford.
Professores fazem panfletagem em frente ao campus da Uneb, em salvador. No período da tarde todos se somaram ato em defesa da classe trabalhadora, contra o PL 4330/04, e as medidas provisórias 664 e 665.
Em Vitória da Conquista, os professores realizaram um ato.Em Ilhéus, manifestantes atearam fogo em pneus e bloquearam a Avenida Itabuna,

Rio Grande Norte

Rio Grande do Norte, logo cedo centrais sindicais e estudantes trancaram a BR que dá acesso as principais fábricas têxteis do estado.
Em Natal, houve paralisação de uma hora e meia na fábrica Guararapes, uma das maiores indústrias têxteis do país, do grupo Riachuelo. A empresa tem entre 5 a 6 mil trabalhadores, sendo que pouco mais de 80% são mulheres. Os ônibus que chegavam com as operárias foram parados antes de chegar à fábrica pelo Sindicato Têxtil, filiado à CUT, e pela CSP-Conlutas. Também houve assembleias unificadas dos servidores da Saúde, organizados pelo Sindsaúde RN com saída em passeata pelas ruas da capital.

Sergipe

Em petroleiros, a categoria está com as atividades paralisadas durante todo o dia na Sede da Petrobrás, em Aracaju, e em Carmópolis, onde houve trancaço na parte da manhã. Além do repúdio ao PL 4330 e as medidas provisórias de Dilma (PT), os trabalhadores protestam contra a corrupção e a privatização da Petrobrás, em defesa de uma empresa 100% estatal, controlada pelos trabalhadores.

Paraíba

Mais de vinte entidades, realizam protestos desde o início da manhã em João Pessoa e Campina Grande.
Em João Pessoa, mais de mil pessoas participaram do ato, que durou pouco mais de três horas com concentração no Parque Sólon de Lucena e, logo em seguida, houve passeata pelas ruas do Centro. Na parte da manhã também houve paralisação nos bancos até o meio-dia. Na UFPB, as aulas também foram paralisadas. Em Campina Grande, a paralisação começou por volta das 8h com a concentração na Praça da Bandeira, seguido de caminhada pelo centro da cidade. Veja mais aqui.

Pernambuco

Na capital de Pernambuco, Recife, houve paralisação de rodoviários, Correios, professores estaduais, entre outras categorias. À tarde, manifestantes de diversas categorias se concentram em frente à FIEPE, com passeata em direção ao Palácio do Governo. Os professores da rede estadual do estado estão em greve desde segunda feira e participaram das mobilizações de hoje. Servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco também paralisaram.

Amazonas

O dia começou cedo no Distrito Industrial de Manaus, com panfletagem da CSP-Conlutas nas fábricas contra a PL 4330 e as Mp’s 664 E 665 que atacam os direitos dos trabalhadores, houve paralisação do pólo industrial de Manaus.

Acre

Em Rio Branco, os bancários paralisaram contra a PL 4330 e as MPs 664 e 665.

 
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