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Juventude
Faísca Revolucionária: comunismo, independência política e subversão estética
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Nesta semana, em uma thread do twitter, surgiu um debate sobre as estéticas presentes nas juventudes militantes do Brasil. Várias pessoas se interessaram pela estética subversiva da Faísca Revolucionária, e neste artigo iremos explicar um pouco mais sobre os elementos dela.

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Entenda os detalhes por trás da estética e da política da Faísca Revolucionária, os “trotskistas deselegantes” que lutam de forma independente dos governos e reitorias!

O logo dessa juventude é inspirado em uma das muitas artes feitas durante o maio de 68 francês, um ascenso no qual a juventude ocupou universidades e fábricas, junto com os trabalhadores na luta contra a guerra imperialista no Vietnã e a reforma da previdência e universitária, um momento onde a poesia, as aspirações e a luta superaram as direções dos partidos stalinistas naquele momento, como PC francês, e o que aos olhos da burguesia eram utopias, se tornaram o programa e objetivo de milhões de estudantes e trabalhadores.
A chama presente neste logo é inspirado em uma serigrafia que diz "solidários a Flins". Flins é o município francês de Flins-sobre-o-Sena, a 45km de Paris, onde fica a maior fábrica francesa da Renault. Entre maio-junho de 68, essa fábrica entrou em greve total por 33 dias e se tornou palco de uma série de combates violentos entre polícia e trabalhadores com estudantes, que se somaram às manifestações da greve.

A fonte das letras são referência à literatura de cordel, feitas do zero à mão. Já o rosa, tão característico e reconhecível em todas as lutas operárias, estudantis e dos setores pobres e oprimidos da sociedade, expressa a subversão estética e política em contraposição ao
conservadorismo direitoso, misógino e binarista, que no momento de fundação de nossa juventude ficaram marcados pela campanha “meninos usam azul e meninas usam rosa”. Esses são os rosinhas reconhecidos nacionalmente pela defesa dos trabalhadores terceirizados!

A imagem da foice e martelo invertida é como passou a ser utilizada pela 4ª Internacional, fundada em 1938 por Leon Trotski e seus seguidores, como forma de se diferenciar da burocracia stalinista. Ela também busca fugir das estéticas das foices e martelos quadradas utilizadas pelos PCs stalinizados. Longe do conservadorismo, militaresco e nacionalista do stalinismo, a Faísca se inspira no antropofagismo cultural, uma arte internacionalista e livre, presente no trotskismo que teve grande contribuição no Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente de Trotski e Breton.

O nome Faísca é a tradução para o português do Iskra, nome do primeiro periódico político marxista revolucionário de toda a Rússia, dirigido por Lênin e impulsionado pelo Partido Operário Social Democrata Russo, que desempenhou importante papel na criação do Partido Bolchevique.

A Faísca foi fundada em 2016, à luz das potencialidades abertas em junho de 2013 pelo levante da juventude nas ruas, o combate contra o governo de Alckimin em SP; em meio a luta contra o golpe de 2016 e o ascenso da extrema direita com figuras como Temer e Bolsonaro. Este processo deu origem a uma juventude anticapitalista e revolucionária impulsionada pelo MRT e independentes que buscam uma resposta para a crise no Brasil sem confiança na conciliação de classes petista. Formado por estudantes de várias partes do país, entre eles mulheres, negros e LGBTs, somos uma corrente comunista e trotskista do ME que luta pela aliança operário-estudantil, a aliança capaz de derrotar o capitalismo de forma independente do Estado burguês.

Buscamos resgatar o que tem de mais avançado na tradição marxista, internacionalmente, e temos em nossas bandeiras e camisas grandes revolucionários como Marx, Engels, Lenin, Trotski, Rosa Luxemburgo e vários outros. A Faísca está lado a lado dos trabalhadores em cada greve, piquete e manifestações no país, lutando de forma independente do governo Lula-Alckmin que mostra que a conciliação de classes só fortalece a extrema-direita.

Somos os “trotskistas deselegantes” que saíram nas principais mídias burguesas por escorraçar a presença do ministro do STF Barroso no Conune 2023 e que levantaram a luta em defesa da enfermagem e denunciando a papel do bonapartismo judiciário como um dos arquitetos do golpe de 2016, e que lutam pela auto organização dos estudantes independente dos governos e reitorias!

Também defendemos:

  •  Ampliação das cotas étinico-raciais, por cotas trans e rumo ao fim dos vestibulares e estatização das universidades privadas!
  •  Fim da terceirização, efetivação desses trabalhadores sem concurso público já!
  •  Por permanência estudantil de um salário mínimo para toda demanda, gerida por estudantes!
  •  Fim das reitorias, por universidades geridas proporcionalmente pela comunidade universitária e a serviço dos trabalhadores e povos oprimidos.
  •  Por uma Palestina livre do rio ao mar, operária e socialista! Que a UNE saia da sua paralisia e impulsione uma forte campanha nacional desde as bases em defesa do povo palestino e pela ruptura das relações entre Brasil e Israel! Essas fazem parte das nossas principais lutas.

    Rumo ao 8M juntas as companheiras do Pão e Rosas dizemos: Basta de violência de gênero e precarização do trabalho! Abaixo o genocídio na Palestina! Organizar nossa luta independente dos governos e patrões!

    Quer conhecer essa galera que não arreda o pé da independência de classe e da luta pela revolução com muito estilo? Leia o nosso Manifesto Comunismo e Revolução Permanente, um Programa Revolucionária para a Juventude. Se organize e lute com a Faísca por uma vida que valha a pena ser vivida sem as amarras do capitalismo, do racismo e do patriarcado.

    Além disso conheça nossas iniciativas ideológicas como os podcasts Espectro do comunismo e Feminismo e Marxismo e nossa editora Iskra impulsionados de forma independente de todos os governos e patrões.

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