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DIA 2 DE ABRIL
Manifesto por uma juventude revolucionária ou "transformar o mundo, mudar a vida"
Juventude às Ruas
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O Brasil hoje ferve, a política rompeu os rótulos de que era para entendedores e invadiu a vida de toda a sociedade. Junto a política, veio a paixão: as palavras mudança, transformação, futuro e mesmo a “revolução”, voltaram ao imaginário e aos sonhos de milhares de jovens no país.

O que ocorre no Brasil é só uma parte das transformações que ocorrem no mundo. Depois de décadas deitado em sono, os dias voltam a ser interessantes. A Primavera árabe anunciou o começo da aurora do século XXI; depois a juventude, já em 2011 vem numa escalada dos mais vigorosos levantes internacionais, indignando-se na Europa, occupy-ando-se e Ferguson nos EUA, buscando a educação gratuita no Chile, e na África do Sul, em muitos países lutando pelo futuro.

Em cada canto, uma voz que se rebela, uma mente que se desaliena, um coração que bate mais forte. A juventude adentrou o século XXI olhando nos olhos desse gigante, e disse, você nada mais é que o presente, pronto a ser conquistado.

E essa onda tocou o Brasil, nas jornadas de junho de 2013. A polarização ganhou contornos mais políticos, a crise de representatividade alimentada pelo forno da crise econômica mundial, acelera os tempos no Brasil, as velhas representações burocratizadas governistas, como UNE e UBES foram profundamente questionadas durante a mobilização contra a reorganização escolar em São Paulo, sua estrutura burocratizada, rotineira e confluência com o regime não só não encanta, como não foi capaz de impedir a combatividade da juventude. Os estudantes do ensino médio de SP foram a primeira mostra da capacidade de luta da juventude.

Transformar o mundo (como disse Karl Marx),mudar a vida (como disse o poeta Rimbaud).

Se antes a imaginação alcançava apenas os limites do possível, hoje ela vai além. As ideias buscam o fim das amarras, o fim da dominação burguesa, o fim da exploração capitalista, o fim de cada forma insuportável e desprezível da opressão desse sistema. Como em 1968: é preciso ousar desafiar o poder.

Ou seja, somos radicais, e ser radical é tomar as coisas pela raiz: precisamos de uma juventude combativa, aguerrida, radical. Que queira transformar o mundo, modificar de cima a baixo as estruturas, desfazer instituições, aniquilar valores e costumes arcaicos, despir-se do capitalismo, em seu corpo e sua alma. Por isso é a juventude que proclama em alto som, que grita, que declama: nosso objetivo é a revolução social dos trabalhadores.

Uma juventude que seja uma faísca, querendo encontrar o barril de pólvora. Mas quem tem esse potencial de explodir todos os pressupostos dessa sociedade pelos ares? Simples: a classe que tudo produz, e a qual tudo pertence, a classe trabalhadora. A nova juventude revolucionária nasce, portanto, como uma faísca em busca de seu barril de pólvora:a ligação mais plena e apaixonante com o conjunto da classe trabalhadora.

Somos também a juventude das fábricas, do telemarketing, das logísticas, dos fast-foods, a juventude precária que sofre com duras jornadas de trabalho e depois buscando seu futuro nas universidades privadas quando conseguimos pagar.

Do funk ao glitter, nossa juventude não é verde e amarelo

Muitos trabalhadores, nossos pais, estão vendo o partido que dizia-se representar os interesses do povo, o PT, falir em seu projeto de conciliar os interesses dos empresários e poderosos com os interesses dos trabalhadores. Isso é impossível!

Esse partido nada mais fez do que abrir espaço para a direita, em nome da governabilidade e atacar com duros ajustes aqueles que dizia representar.

A juventude nada tem a dever a esse partido, mas também não pode ser representada pela direita que busca espaço em meio a crise do regime. É urgente impedir que a direita de verde amarelo, seu “pato” patronal, e o Juiz Sergio Moro – com seu “singelo” salario de mais de 80 mil reais – apareçam como uma alternativa a crise, porque não o são, o impeachment nada mais é que uma manobra dos “de cima” para atacar ainda mais “os de baixo”.

Sim! somos de esquerda, por isso nos revoltamos e condenamos cada uma das expressões da direita, dos coxinhas, dos reaças, de toda essa corja podre que dirige o Brasil. Lutar contra a direita, sem fortalecer o PT, é a chave para fortalecer uma saída dos trabalhadores e da juventude.

Nosso combate a direita já não cabe mais no coração daqueles que se dizem da velha esquerda, que perderam os sonhos, perderam a gana de mudança e foram se encontrar com os empresários dentro do governo, ou que que frente a crise como essa chama novas eleições (para entrar quem? PT? PSDB?). Não somos petistas, não queremos reformas ou outro governo de apertos, ajustes e
angústias.

Queremos botar abaixo todos “esses podres poderes”

Todo esse regime político construído com os militares na transição pactuada e que vem ruindo no mar da corrupção. Queremos uma nova assembleia constituinte constituída nas ruínas desse regime político, chocando todo o anseio democrático das massas contra essa casta de políticos parasitas e ligados aos banqueiros e empresários.

Na perspectiva da transição socialista, a nova juventude é uma faísca que leva a primeira chama, a teoria da revolução e um conjunto de valores, formas culturais e experiências artísticas que aponte nesse caminho. A nova juventude revolucionária combate nas ruas ao lado dos trabalhadores, mas também trava uma guerra de ideias, uma guerra cultural, ideológica e artística, contra tudo o que expressa conservadorismo e queira a estabilidade.

Não vamos deixar que os governos nos corte a educação, a luta contra a reorganização continua como tendência nas lutas de Goiais, dos secundaristas e universitário no Rio de Janeiro, no nordeste e contra a máfia das merendas em SP. As lutas por educação podem mostrar a força da juventude e indicar uma saída a esquerda e independente frente a crise política.

Batalhamos contra os cortes na educação. Essa batalha, mais que garantir um direito elementar, é também nossa disputa pelas ideias e pelo conhecimento do mundo. Também não vamos deixar que rapinas imperialistas tomem nossas riquezas, lutamos por uma Petrobras não privatizada e 100% estatal sob controle dos trabalhadores para que suas riquezas atendam a população, como investir o pré sal na educação.

Purpurina, rosa choque e o combate sexual da Juventude

Queremos devastar o machismo e cada um de suas expressões, que querem a mulher aprisionada; queremos devastar o racismo e a sua necessária perpetuação para um capitalismo mais hiperexplorador e uma sociedade cínica de falsa “democracia racial”; queremos devastar a homofobia, e todo o ódio dos setores conservadores contra as formas de sexualidade que não se enquadram na moral burguesa vigente. Buscar, portanto, a mais ampla liberdade sexual, que não cabem nos limites do capitalismo.

Mas queremos também um novo sonho, uma nova esquerda, e uma política que esteja embasada em um novo anseio de revolução socialista e, para isso, uma nova juventude revolucionária!

Sejamos a faísca para estourar a revolução!
Venha construir a nova juventude no lançamento dia 02 de abril as 16h

Mais informações: http://www.esquerdadiario.com.br/
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