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PROFESSORES - REAJUSTE SALARIAL
APEOESP: nada de Campanha Salarial
Márcio Barbio

Os professores de São Paulo não tiveram aumento de salário ano passado, apesar de 92 dias de greve. O ano de 2016 começa igualmente sem perspectiva de reajuste salarial. Isso, em uma conjuntura de alta inflacionária, significa que no final desse ano teremos uma perda salarial de aproximadamente 20%, isto é, as inflações dos ano passado e atual.

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Diferente dos outros anos, em 2016, a direção da APEOESP, nada tem dito sobre nossa campanha salarial, nenhuma proposta. Já é costume que a ArtSInd faça muito alarde e pouca luta. Maria Isabel de Azevedo, é famosa por suas bravatas, mas nos chama atenção é que esse ano nem bravatas temos. Isso ocorre porque toda energia, e possivelmente estrutura de nosso sindicato está voltada na defesa incondicional do governo Dilma, e seus aliados petistas.

Fazem isso omitindo da categoria que esse governo é o mesmo que aprovou a lei antiterrorismo que poderá ser usada contra as greves da categoria. Omitem que foi o governo Dilma que realizou um dos maiores cortes de verbas da educação. Omitem que Dilma já anunciou uma nova reforma da previdência, que entre outras coisas, aumenta o tempo de contribuição de todos e que acaba com o menor tempo de contribuição para as mulheres.

Contra Impeachment, contra os ajustes do governo Dilma e a direção da APEOESP

Precisamos sim lutar contra o impeachment e as manobras do judiciário que quer uma direita conservadora e ainda mais ajustadora, no poder. Precisamos também, lutar contra o arrocho de Alckmin e os ataques de Dilma. A CUT e a CTB (ligada ao PCdoB) deveriam colocar as mesmas forças que colocaram nos atos do dia 18 de março em defesa do Governo Dilma para que os professores e toda classe trabalhadora seja vitoriosa. Uma luta nacional contra o impeachment, contra a impunidade, mas também contra os ajustes e ataques do governo, para que a mobilização avance e arranque vitórias concretas.

Sinceramente, não vemos essa disposição. Isso acontece porque ambas as centrais estão mais preocupadas com os benefícios materiais e políticos, do que defender as conquistas da classe trabalhadora.

Quanto aos companheiros do PSTU, com os quais dividimos a atuação na Oposição Alternativa, insistimos que sua posição também não tem ajudado a categoria sair em luta. Primeiro porque sua política de Eleições Gerais não ajuda que um setor da categoria rompa com os limites da democracia burguesa, uma vez, que essa política apenas substituiria, alguns poucos, e manteria a estrutura do país igual. Em segundo lugar, porque sua atuação nas sub sedes em que dirigem não conseguem constituir uma prática distinta.

É preciso uma constituir uma nova política na categoria. Uma política onde a vanguarda que surgiu nas últimas greves seja protagonista do sindicato, superando os organismos ultra burocráticos utilizados pela entidade e sendo linha de frente na exigência para que as direções sindicais rompam com o governo. Com uma política partindo, do legítimo sentimento de não confiança nos políticos burgueses, levantar uma campanha por uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, convocada pela força do movimento de massas. É com essa política que atuamos.

 
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