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São Paulo
Metrô-SP e Garcia dão calote nos trabalhadores! Só a greve poderá garantir os direitos
Fernanda Peluci
Diretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe
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A direção do Metrô e o governo Rodrigo Garcia estão quebrando o acordo feita na mobilização de maio, dando calote no pagamento do Step, querendo perpetuar ainda mais a diferença salarial injusta na categoria, para os trabalhadores que desempenham a mesma função. Mas não só isso, também abre um precedente perigoso, onde a qualquer momento o Metrô vai querer romper acordos e compromissos e retirar mais direitos conquistados na nossa luta. É um ataque, nesse sentido, ao conjunto dos trabalhadores.

Esses ataques promovidos pelo Metrô a nós metroviários convergem com a política de privatização levada à frente por décadas pelo tucanato em SP. Alckmin, França, Dória e agora o candidato à reeleição Rodrigo Garcia, tem na sua plataforma eleitoral a privatização do Metrô como carro chefe.

Quem sente o resultado dessa política é toda a população que precisa do transporte todos os dias. Com passagens caras e superlotação.

O governo agora quer retirar os operadores dos trens, começando pela linha 15, fechando postos de trabalho e tirando a segurança da população. Ao mesmo tempo, não contrata funcionários, quando a própria empresa reconhece que tem mais de mil postos de trabalho vagos, precarizando o transporte da população e sobrecarregando os trabalhadores. E ainda quer substituir trabalhadores pela PM nas estações, mostrando como o PSDB e o Bolsonarismo caminham juntos quando o assunto é aumentar a repressão.

Quem ganha com tudo isso são os bilionários das empresas que atualmente recebem 99,8% de todo dinheiro das passagens pagas pelos trabalhadores. A CCR, que controla a linha 4 e a via mobilidade, teve suas receitas potencializadas em mais de 200% nos últimos anos. Enquanto 0,2% é destinado ao Metrô público.

Por tudo isso, exigimos o cumprimento dos acordos, com pagamento dos steps a todos. Não aceitaremos nenhum calote de Rodrigo Garcia e do Metrô. Abertura de concurso público para a contratação imediata de mais funcionários, manutenção dos operadores de trem e dos postos de trabalho, e a efetivação dos trabalhadores terceirizados sem concurso, para a população ser melhor atendida nas estações.

Não podemos depender da justiça, que inúmeras vezes já demonstrou só atuar para evitar nossa luta, e agora é cúmplice dessa quebra de um acordo que foi negociado perante a própria justiça. Só com a nossa mobilização, em aliança com a população, e preparados para uma forte greve, poderemos quebrar mais uma vez a intransigência e a má fé da direção da empresa e do governador Rodrigo Garcia.

Nós do Movimento Nossa Classe reforçamos o chamado para assembleia de hoje, e acreditamos na força da mobilização expressa na adesão praticamente unânime à retirada de uniforme e uso de coletes, mostrando que estamos prontos para uma forte resposta que será a greve caso esse ataque se mantenha. Fazemos também um chamado à população a apoiar a luta dos metroviários contra a privatização e a precarização do transporte.

 
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