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VENEZUELA CUBA
Maduro visitou Fidel Castro em Cuba depois de reunião de cúpula no Panamá
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que, após sua saída do Panamá onde participou da VII Cúpula das Américas, se transferiu a Cuba para visitar o líder Fidel Castro, com quem conversou durante cerca de quatro horas.

"Estive em Cuba, chegamos ontem, estive falando quatro horas, quase até meia-noite, com o comandante Fidel Castro e estava preparado para falar quatro horas mais", contou Maduro durante um ato com milicianos em Caracas.

O presidente contou que se dirigiu a Cuba, junto com "delegação da Venezuela" que o acompanhou no Panamá, porque sentiu a "obrigação" de dizer ao ex-governante cubano: "Fidel, esta vitória te pertence, esta vitória da dignidade, da soberania, da união latino-americana e caribenha".

Maduro se referiu assim à rejeição que os países que participaram da cúpula manifestaram em relação ao decreto assinado em março pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que declara a Venezuela uma "ameaça".

"Estivemos conversando com o comandante Fidel, escutando suas orientações, suas palavras, suas reflexões, 70 anos de luta, vitória após vitória", relatou Maduro.

A cara dos governos pós-neoliberais diante do retorno ianque na América Latina

Em plena decadência do chavismo, imerso numa crise econômica profunda que obrigou o regime venezuelano herdeiro de Chávez a aprofundar as concessões aos capitalistas norteamericanos e atacar os trabalhadores,

Maduro chama de “vitória” nada menos que os passos dos Estados Unidos e da burocracia castrista para restaurar o capitalismo por sobre as conquistas da revolução cubana que ainda restam.

Este episódio foi o que Obama utilizou, baixando o nível da disputa com Caracas, para mostrar a “nova etapa” do diálogo norteamericano com a América Latina, pondo em crise a ilusão de um bloco regional independente dos EUA.

O próprio Raúl Castro, anteriormente relacionado de maneira estreita com o regime venezuelano, fez questão de não se mesclar com os problemas da Venezuela para privilegiar o espírito de “conciliação” com Obama.

A solidão da Venezuela ficou evidente com a moção que primou entre os países latinoamericanos frente às declarações de Washington de que a Venezuela “seria uma ameaça de estado para a segurança dos EUA”: "não às sanções, mas respeito ao jogo democrático na Venezuela", com Dilma defendendo a libertação dos presos da direita.

Definitivamente, o governo Maduro sai como uma das peças mais enfraquecidas da Cúpula das Américas, isolada pelos Estados Unidos e o desespero por negociar das fracas economias regionais.

 
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