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Salário de miséria
Governo Bolsonaro vai propor salário mínimo de 1.302 para 2023, abaixo do aumento real
Redação

Sem aumento real pelo quarto ano seguido e em meio a uma inflação galopante, o governo de Bolsonaro propõe salário de até 1.302 para 2023, abaixo do aumento real. Segundo o Departamento Intersindical de estatística e estudo socioeconômico (DIEESE), o salário mínimo vigente não é suficiente para comprar nem duas cestas básicas na cidade de São Paulo.

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A previsão do valor do salário mínimo que constará em 2023 deve ser enviada pelo governo até 31 de agosto na proposta de orçamento do ano que vem. O governo prevê um valor de 1.302, abaixo do aumento real de acordo com a economia do país. Foi no início de 2019 em que ocorreu o último aumento real acima da inflação no salário.

Desde a criação do plano real em 1994, o governo Bolsonaro é o primeiro a deixar o salário perder o poder de compra e o deixar valendo menos do que quando entrou. Fruto também da reforma trabalhista e do teto de gastos, esse salário de miséria imposto aos trabalhadores é a face fiel do governo Bolsonaro, dos militares e do Guedes, em que os próprios militares se enchem cada vez mais de privilégios e o centrão se esbanja com o Orçamento secreto.

Se concretizado o valor previsto, o aumento ficará em R$ 90 do piso atual. Certamente um aumento bem insuficiente no país que vimos fila do osso, pessoas procurando comida no lixo, e uma piora cada vez maior nas condições de vida. Segundo o DIEESE, só na cidade de São Paulo com o valor atual não é possível comprar duas cestas básicas. E segundo a pesquisa mensal de preços do DIEESE, o salário mínimo necessário para sustentar uma família com 4 pessoas deveria ser de 6.527,67, pouco mais de 5 vezes o valor vigente.

Paulo Guedes justifica demagogicamente que a Guerra na Ucrânia é a responsável pela crise atual que afeta o bolso dos trabalhadores. É fato que essa guerra reacionária é danosa aos trabalhadores em todo o mundo, mas a crise é despejada unicamente nas costas da classe trabalhadora por escolha dos governos que atuam em prol dos grandes empresários e bilionários, como é o caso do governo Bolsonaro e de seu ministro da economia, Paulo Guedes.

Diante dessa situação absurda, é preciso batalhar pelo aumento real automático dos salários de acordo com a inflação. A reforma trabalhista e o teto de gastos, heranças do golpe institucional, também impactam de forma significativa nesse cenários, portanto é preciso que se revogue essas reformas, para isso os trabalhadores, aliado à juventude e aos oprimidos, só podem confiar em suas forças de mobilização, sem confiança na aliança com a direita bem como na chapa Lula-Alckmin.

 
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