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Esquema de rachadinha na Ceperj
Com salários acumulados, assessor de vereador aliado de Castro não sabe dizer no que trabalha
Redação

O portal UOL entrou em contato com Fabricio Manhães Cabral via telefone para o assessor do vereador de Campos dos Goytacazes Helinho Nahim explicar qual sua função e o motivo pelo qual ele está empregado em dois cargos públicos, recebendo em 7 meses mais de R$120 mil em salário. Helinho Nahim é aliado de Rodrigo Bacellar, líder da base de apoio de Claudio Castro na ALERJ.

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Foto: Reprodução montada

O jornalista Fabrício Manhães Cabral mal conseguiu explicar em entrevista ao portal UOL o que faz na Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio). O funcionário, que recebeu de janeiro a julho dois pagamentos por mês: um de R$ 8.849 e outro de R$ 8.700, admitiu que acumula funções em dois projetos ao mesmo tempo. Ele confirmou que foi indicado pelo vereador de Campos dos Goytacazes Helinho Nahim, aliado do líder do governo Cláudio Castro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, ambos do PL.

A Fundação Ceperj afirmou em nota que Cabral é "superintendente de projetos". A Secretaria de Governo disse que desconhece a indicação do vereador Helinho Nahim.

Dos 14 salários recebidos pelo jornalista, cinco foram retirados em dinheiro na agência de Campos dos Goytacazes, no sul fluminense, a mesma em que os promotores constataram saques de mais de R$ 500 mil em apenas um dia (14 de junho). Tanto Fabrício Manães quanto Helinho Nahim confirmaram que a indicação para o cargo foi do vereador. Inicialmente, Nahim falou —de forma genérica— que indicou Cabral para o "governo".

"Eu sou vereador da base do deputado Rodrigo Bacellar. Isso é público e notório", disse Nahim.

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A corrupção e os políticos corruptos fazem parte intrínseca e inerente do sistema capitalista e da gestão do Estado burguês e das relações políticas envolvidas na gestão e fiscalização. No Rio de Janeiro, todos os ex-governadores foram presos por corrupção, não sem antes terminarem seus mandatos e gastarem milhões de reais que nunca retornaram aos cofres públicos, a forma padrão de operação do Estado e dos políticos burgueses no Rio de Janeiro, são superfaturamentos de obras, desvios, relações clientelistas com a população, relações com as milícias e milhares de esquemas de corrupção em todos os ramos do setor público. A única forma de combater isso é fazer com que a classe trabalhadora possa decidir e controlar para onde vão os gastos de acordo com as necessidades da população e não para comprar votos e apoios, sem confiar na justiça ou suas instituições, que apenas trocam um grupo de políticos corruptos, por outros.

Somente um programa operário, que não tenha nenhuma confiança nas instituições burguesas, pode dar resposta a esse problema pela via da mobilização e da luta de classes. A primeira coisa que é preciso fazer é levantar a necessidade destes casos não ficarem na mão do Judiciário e do MPF, que facilitam a vida dos corruptos: precisamos defender a abertura dos livros de contabilidade da Ceperj, que devem ser investigados por comissões de trabalhadores podendo ser auxiliados por especialistas em orçamento, juristas e parlamentares simpáticos à sua causa. Devemos também defender a anulação da privatização da Cedae, pois está provado que a empresa foi vendida ilegalmente para gerar recursos para apadrinhamento e rachadinhas.

 
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