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Golpistas
Bolsonaro e FIESP: disputando a forma do governo, concordando em todas reformas ultraliberais
Cássia Silva
Calvin de Oliveira
Estudante de Geografia da UFF - Niterói

Jair Bolsonaro (PL) chamou nesta terça-feira (2) de "cara de pau" e "sem caráter" quem assinou o manifesto “pró-democracia” e criticou banqueiros. Separados pelas atuais declarações, a FIESP foi apoiadora de Bolsonaro em 2018 e da ditadura militar que o presidente se orgulha.

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A classe trabalhadora, o povo pobre e os setores oprimidos enfrentam no Brasil um cenário de fome, de aprofundamento da reforma trabalhista, de altíssima inflação, de privatizações, em meio à crise econômica mundial, que foi aprofundada pela guerra na Ucrânia, se combinando ao projeto privatista de Paulo Guedes. Depois das cartas e manifestos supostamente “pela democracia” serem lançados na última semana, Jair Bolsonaro atacou os setores burgueses que assinam, voltando a dar declarações sobre Barroso e o STF e acusando os bancos de terem perdido dinheiro com o “pix”, por exemplo.

Banqueiros, juristas e empresários que assinam a carta criticam Bolsonaro por golpismo e autoritarismo, mas cobram medidas para os próximos anos de reformas liberais à la Paulo Guedes. A Federação da Indústria do estado de São Paulo (FIESP) se coloca na posição de "defender a democracia" em sua carta justamente para não abrir margem de desestabilização dos ataques já aprovados no Brasil, como a "flexibilização" do trabalho, garantida pela reforma trabalhista, aprovada no governo golpista de Temer e aprofundada por Bolsonaro. Não querem por em risco exatamente esse legado no qual estão unificados com Bolsonaro, que é o campo dos ataques à classe trabalhadora, ao povo pobre e aos setores oprimidos.

História | "Carta aos Brasileiros" de 77 e 2022: a serviço da legitimação da oposição burguesa e patronal

As diferenças atuais entre banqueiros e empresários, junto ao Judiciário, e o golpismo de Bolsonaro não podem ser explicadas pela defesa destes primeiros pela democracia. Estiveram juntos em 2016, 2017 e 2018 manipulando o regime e atacando os direitos dos trabalhadores. Além de medidas históricas como apoio à ditadura militar, até o momento em que a ditadura se esgotou quando também escreveram uma "Carta aos Brasileiros", em 1977, justamente colocando sua força patronal para ser parte de conter e desviar a revolta de jovens e trabalhadores nos anos de chumbo. Bolsonaro e FIESP divergem hoje disputando politicamente sobre formas de governo, por um lado pelo golpismo, por outro lado por uma suposta democracia, mas defendem juntos uma agenda de precarização, de ataques, de rebaixamento do nível de vida da classe trabalhadora e do povo pobre.

Nesse dia 11A, fazemos um chamado às correntes que compõem conosco o Pólo Socialista e Revolucionário à levantar uma política de independência de classe, contra os ataques do regime do golpe e a revogação das reformas como a reforma trabalhista, da previdência, do Ensino Médio. Se enfrentando tanto com Bolsonaro quanto com a FIESP e Alckmin, responsável por uma das maiores chacinas no Brasil, a de Pinheirinho.

Editorial MRT | Contra o golpismo de Bolsonaro e as reformas: manifestações e greves sem banqueiros e empresários

Para derrotar o bolsonarismo de vez, precisamos levantar a força da classe trabalhadora organizada unindo forças para exigir das direções majoritárias do movimento de massas, em primeiro lugar da CUT, CTB e UNE, que impulsione um verdadeiro plano de luta contra as ameaças golpistas para convocar à luta pelas demandas econômicas da classe trabalhadora contra a carestia de vida e a fome.

 
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