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Cortes na Educação
Cortes já deixam 17 universidades sob risco de pararem atividades neste ano
Redação

Bolsonaro fez da juventude um dos seus maiores inimigos, ao lado das mulheres, negros e a comunidade LGBTQIAP+ são os setores da população mais atacados pelo atual governo. Cerca de 17 universidades federais sofrem com a iminência de fecharem até o final do ano, devido aos seguidos cortes na educação iniciados por Dilma em 2015 e aprofundados pelo golpista Temer e por Bolsonaro.

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7 anos de cortes na pasta da educação vem levando o ensino superior público do país ao colapso. Só em 2022, foram cortados mais de R$400 milhões em recursos discricionários. Ou seja, aqueles gastos que não são considerados obrigatórios, previstos por lei, como o salário de servidores ativos e aposentados, mas que afetam o pagamento de contas, como energia e água, além das bolsas estudantis e dos trabalhadores terceirizados - como os da limpeza, segurança e alimentação, que já são os postos mais precários de trabalho - aumentando ainda mais a crise do ensino, da pesquisa e da permanência estudantil.

A UFRJ, por exemplo, se pronunciou dizendo que frente ao novo corte só tem como pagar as contas até setembro deste ano, enquanto a Federal de Santa Catarina teria verba para se manter apenas até novembro deste ano.

Esses cortes são um ataque profundo ao conjunto da comunidade universitária, uma política que afeta diretamente os estudantes filhos da classe trabalhadora, que agora vão ser jogados mais ainda na precarização da vida, cumprindo jornadas duplas ou triplas entre trabalho, universidade e casa. Além de aprofundar a precarização no serviço prestado nas universidades, que há décadas já se utilizam da terceirização como forma de reduzir suas despesas às custas do trabalho precário, em grande maioria realizado por mulheres negras.

É justamente esse o setor que mais vem sentindo o peso da crise, como na Universidade Federal de Lavras (que vai demitir cerca de 150 terceirizadas) e na UFRGS, que na última sexta-feira anunciou a demissão de 50 trabalhadoras terceirizadas do Restaurante Universitário. São diversas famílias lançadas na insegurança alimentar e no desemprego, fruto dessa política de precarização e sucateamento da educação pública, iniciada no último ano do governo Dilma (PT), continuada pelo governo golpista de Temer e aprofundada fortemente pelo governo Bolsonaro.

Porém as esperanças da juventude e da classe trabalhadora não devem ser depositadas na chapa Lula-Alckmin, e sim na auto-organização, com fortes chamados para que se construa um calendário de luta, com assembleias de base que unifiquem todos os setores da universidade e busquem uma aliança estratégica com a classe trabalhadora, que vem amargando a inflação, privatizações e ataques como as reformas trabalhista e da previdência. Esse seria o caminho para uma mobilização com independência política, que poderia indicar um caminho real para nossas demandas, diferente das alianças com a direita e setores golpistas, como propõe a UNE ao abrir espaço para a FIESP e banqueiros como Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles e Candido Bracher nesse histórico dia de luta que é o 11 de agosto.

Nós do Esquerda Diário e da Faísca Revolucionária, colocamos a importância de lutar contra os ataques e as reformas, assim como as retóricas golpistas de Bolsonaro, nos aliando à classe trabalhadora e os setores mais oprimidos, sem banqueiros e empresários, para que sejam construídas entidades estudantis independentes de qualquer governo, com o objetivo de lutar contra todos os ataques que recaem sobre a universidade.

Por isso, a juventude Faísca na UFRGS, universidade marcada recentemente pela precarização dos seus Restaurantes Universitários, convida todes que querem construir um DCE de luta e auto-organização a levar essas ideias nas eleições de DCE que estão para começar.

 
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