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Ataque contra metroviários e a população
Metrô de SP coloca população em risco tirando operadores de trem do Monotrilho
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe

Seguindo a política privatizadora do governo tucano de Rodrigo Garcia/Doria o metrô de SP realiza testes para a retirada dos operadores dos trens da linha 15, garantindo o mínimo de funcionários e o máximo de lucros para a CCR. OS metroviários juntos com a população precisam barrar esse ataque que compromete a segurança e a qualidade do transporte metroviário.

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Foto: reprodução

O Metrô de SP começou a fazer testes no Monotrilho linha 15 para retirar de dentro dos trens os operadores. Seguindo a política de privatização do Governo tucano de Rodrigo Garcia/Dória, a empresa quer o mínimo de funcionários e o máximo de lucros para entregar o Monotrilho a iniciativa privada, mesmo que isso coloque em risco a segurança operacional. Esse processo se estende para outras linhas do Metrô, com o anúncio da empresa sobre a compra de 44 trens sem cabine, ou seja, sem a presença de funcionário habilitado dentro da composição.

Os operadores de trem são mais uma camada de segurança do sistema. Eles garantem a presença física de uma pessoa dentro dos trens para solucionar os problemas que aparecem durante a operação comercial. Desde falhas mais leves, até falhas graves que podem levar a acidentes, a presença do operador dentro do trem é fundamental para garantir a segurança de todos os passageiros durante seu trajeto. Inúmeras vezes os operadores de trem são acionados para amenizar falhas. Sua atuação já evitou tragédias de grandes proporções, como a colisão de trens em janeiro de 2019 na estação Jardim Planalto, onde o operador aplicou emergência momentos antes da batida, diminuindo a velocidade do trem e evitando que o choque fosse de proporções maiores, o que poderia levar a queda na avenida Sapopemba.

As linhas 8 e 9 da CPTM, agora Via Mobilidade, são o mais recente exemplo da relação promíscuo entre o Governo de SP, as privatizações e a CCR, que assumiu as linhas em janeiro de 2022, causando muitos transtornos para a população, com sucessivas falhas, atrasos grandes e acidentes graves. Isso acontece pela falta de treinamento dos funcionários, que tem jornadas de trabalho altas e salários baixos, além da falta de manutenção das vias e dos trens, pois o lucro exorbitante dos empresários é colocado em primeiro lugar, não os interesses da população.

Esse é o enredo da linha 15. Em nome do lucro máximo para a CCR, que ganhou o leilão da linha em 2019, mas ainda não assumiu a operação, colocam a segurança da população em risco, acelerando testes para tirar os operadores do trem e viabilizar a privatização, garantindo o maior rendimento para os capitalistas, que só pensam em uma coisa: Lucrar em cima da precarização do transporte e da super exploração dos trabalhadores. Defender a vida dos passageiros e sua integridade física, passa por defender os operadores dentro dos trens, com treinamentos constantes e remuneração adequada. Só um transporte público controlado pelos trabalhadores pode colocar os interesses da população em primeiro lugar. A privatização só vai precarizar e super explorar quem trabalha e usa todos os dias o Metrô. Longe de ser uma modernização, a privatização é um grande retrocesso para a maioria da população que usa o transporte coletivo.

 
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