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Eleições 2022
Mais de 100 pessoas lançam pré-candidatura de Carolina Cacau do MRT para deputada no RJ
Redação

Mais de 100 pessoas compareceram ao lançamento da candidatura de Carolina Cacau, professora da rede estadual do Rio de Janeiro e membra da direção do MRT, no último dia 02 de julho, na Lapa. A mesa ocorreu com as falas de Diana Assunção, dirigente nacional do MRT, Letícia Parks e da própria Carolina Cacau, e foi parte dos lançamentos das pré-candidaturas do MRT pelo Polo Socialista Revolucionário em 2022.

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O lançamento contou com a participação de diversos trabalhadores representando parte das principais lutas que ocorreram no Rio de Janeiro. Também contou com estudantes da UERJ, da UFF, da UFRJ, assim como professores, petroleiros, cedaeanos, trabalhadores terceirizados e do telemarketing.

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Mandaram saudações por vídeos: Tatiane Cozzareli, militante do Left Voice nos EUA; José Araújo - gari do Rio de Janeiro; companheira que também constrói o Polo Socialista e Revolucionário, Marinalva Oliveira, professora da UFRJ e ex presidente do Andes; companheiro da brava luta contra a privatização da CEDAE, Marco Chabudé, trabalhador da CEDAE, ex membro do Stipdaenit; Jefferson Lee de Souza Ruiz, professor da Faculdade de Serviço Social da UERJ e mandou uma saudação por escrito, Antony Devalle - Diretor do Sindipetro-RJ.

Estiveram presentes e saudaram o lançamento: o companheiro, Silvio Sinedino, do grupo Petroleiros Socialistas que também constrói o Polo Socialista e Revolucionário; Faby Soares, Assistente Social na cultura, fundadora e coordenadora do São Carlos Ativo, coletivo de moradores do Complexo de São Carlos; a Bárbara Sinedino, dirigente da CST, pré-candidata a senadora pelo Polo Socialista e Revolucionário e uma grande e histórica lutadora da UERJ, Cleier Marconsin, professora aposentada da Faculdade de Serviço Social da UERJ.

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A atividade começou com a fala de Diana Assunção dialogando com o auditório sobre as estratégias propostas para derrotar Bolsonaro e a extrema direita. Em sua fala, Diana revelou a impotência da estratégia da conciliação de classes para derrotar Bolsonaro.

“Todo mundo está pensando agora em como derrotar Bolsonaro. O problema é se nos convencem que para derrotar Bolsonaro nós temos que dar as mãos a inimigos de classe, temos que aceitar ataques e conciliar. Mas a questão aí é justamente quando a gente entende que este caminho não é o que vai derrotar efetivamente Bolsonaro e a extrema direita. Pelo contrário, esse é o caminho que possibilitou o crescimento da extrema direita.”

Assista a fala de Diana na íntegra:

Letícia Parks interveio falando da importância de entrelaçar a luta da classe trabalhadora junto à luta das mulheres e pelo direito ao aborto legal seguro e gratuito.

“Sem as mulheres não haveria o Black Lives Matter. Várias pesquisas mostravam que as mulheres eram 70% dos maiores protestos de massa que aconteceram nos EUA. Tem também o caso das trabalhadoras da indústria têxtil que conseguiram reverter as demissões de 100 trabalhadoras no Camboja. Em Mianmar, as trabalhadoras também conseguiram reverter demissões em massa, e essas trabalhadoras diziam “Não somos escravas”, por isso tinham direito de fazer o seu próprio sindicato. Eles querem controlar nossos corpos para convencer a gente de que somos mercadoria barata, de que nós somos escravas. E na saga conservadora contra o direito ao aborto, eles tentam reprimir corpos que são insurgentes, rebeldes e grevistas.”

Da esquerda para direita, Diana Assunção, Carolina Cacau, Letícia Parks e Carolina Toussaint.

Ideias de Esquerda | Entrevistas: direito ao aborto no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos

Letícia também destacou:

“Nenhum direito nosso nunca foi conquistado sem luta. Como a Diana mostrou, os acordos com a direita só serviram para a gente perder espaços. Quando o PT governo durante 13 anos mais de 40 mil mulheres morreram vítimas de abortos clandestino. E o PT para governar em 2023 está aumentando sua distância das mulheres ao prometer governar com Geraldo Alckmin.”

Assista a fala de Letícia Parks na íntegra:

Cacau interveio agradecendo o apoio de todos os presentes e expondo a visão dela e do MRT sobre como devem intervir os revolucionários na atual conjuntura e nas eleições. Cacau relembrou os processos de luta que participou junto com alguns que estavam presentes, como os cedaeanos, que em 2017 lutaram contra a privatização da CEDAE e que estivemos lado a lado, também a greve dos garis em 2014 que incendiou o país, as greves de professores, as lutas dos estudantes da UERJ, universidade na qual Cacau foi estudante de Serviço Social e membra do Centro Acadêmico.

“Eu queria colocar um exemplo da Argentina, aonde tem o PTS, organização irmã do MRT, a atuação que fazemos lá junto com a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores é parte da tradição do movimento operário que sempre buscou disputar as ideias dos trabalhadores nas eleições, e a gente participa deste processo entendendo que estamos nisso para atuar com a perspectiva revolucionária, utilizando estes cargos e utilizando o parlamento para ser porta voz dos problemas da classe trabalhadora. Ao contrário por exemplo do PSOL, um partido que submete a sua atuação cotidiana ao parlamento, sempre apostando na via institucional. A atuação do PTS na Argentina está a serviço de atuar na luta de classes, sempre tentando mostrar que isso é uma tática, não é o fim em si mesmo.”

Em sua fala, Cacau resgatou a importância do Rio de janeiro na política, relembrando os processos de lutas como garis e CEDAE, professores em 2013, dentre outros, assim como os processos de reorganização da esquerda, nos quais o Rio de Janeiro também cumpriu importante papel.

“O que falta para a gente na verdade é uma esquerda revolucionária, para que cada uma dessas oportunidades tivéssemos uma esquerda que pudesse se colocar em cada um desses processos, colocar seus parlamentares e seus sindicatos para fazer diferença na luta de classes, e não para canalizar nossas aspirações para votar em alguém de 2 em 2 anos. Porque os nossos problemas não vão se resolver pelo parlamento, e sim pela via da luta de classes, que a única linguagem que os patrões e a burguesia entendem.”

Por último, Carolina Cacau chamou à todos para construírem com o MRT essa campanha. "Para responder aos ataques e ao ódio bolsonarista com a mesma força, construindo essa campanha, panfletando, chamando seus amigos, seus vizinhos, participando ativamente das atividades, que cada um de vocês faça parte dessa campanha. São 3 meses pela frente e eu espero que depois cada um vocês saia mais sujeito, mais dono da vida de vocês, mais pronto para enfrentar esse sistema de miséria e opressão."

Assista a fala de Cacau na íntegra:

Depois da mesa e das saudações do plenário, os trabalhadores, jovens, negros, mulheres e LGBTQIA+ que estavam presentes ficaram por várias horas numa confraternização, com forró, samba e muita conversa sobre os debates da mesa e os próximos passos da campanha.

Estudantes do Serviço Social da UERJ

 
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