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Calamidade em Recife
Marcello Pablito: "Por um plano de emergência para atender as vítimas das enchentes no Pernambuco"
Redação

Em termos de dados oficiais já somam 44 mortes e 56 desaparecidos pelo estado de calamidade que se encontra a Grande Recife, em Pernambuco, causada pela tragédia capitalista e seus governos que não é capaz e tem descaso com as chuvas. Conversamos com Marcello Pablito, fundador do Quilombo Vermelho e dirigente do MRT, sobre a necessidade de um plano de emergência imediato para atender as vítimas, assim como um plano de obras públicas e de uma reforma urbana radical.

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"Recife e região estão embaixo d’água. Já são 44 mortes contabilizadas e 56 desaparecidos. Famílias estão perdendo tudo. No Morro do Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, a situação é absurda. Ontem, vimos naquele vídeo uma casa desabando.

É isso que acontece no Brasil de Bolsonaro. E também temos que apontar que a responsabilidade é também de Paulo Câmara e João Campos, governador de Pernambuco e prefeito de Recife, ambos do PSB. Bolsonaro manda representantes para ver o que está acontecendo. Algumas forças são mobilizadas. Mas a situação é desesperadora, com canais de doação de alimentos e itens de higiene sendo mobilizados por setores populares, escancarando que os governos não são capazes de dar uma resposta, até porque eles são os que garantem os lucros da especulação imobiliária e dos empresários do turismo, impermeabilizando desenfreadamente uma região de mangue, beneficiando os bolsos de quem ocupa as melhores coberturas das Torres Gêmeas e de Boa Viagem. Bolsonaro lidera os negacionistas ambientais, para beneficiar os empresários do agronegócio, menosprezando as queimadas na Amazônia e no Pantanal, que piora essa situação que os pernambucanos estão enfrentando agora com as enchentes. Assim como vimos acontecer no norte de Minas e no sul da Bahia no início do ano, assim como o Rio de Janeiro.

É urgente um plano de emergência para enfrentar essa situação. Medidas como brigadas de trabalhadores para resgate e socorro emergencial dos afetados; socializar as moradias desocupadas, reconstruir as destruídas, aprimorar as existentes, socializar hotéis para construção de abrigos. Aliado a isso, colocar de pé um plano de obras públicas para reconstrução e prevenção das áreas afetadas e as que sofrem possibilidade de inundação. Uma medida dessa ainda geraria empregos para a situação do desemprego que enfrentamos porque os capitalistas descarregam a crise que é deles nas nossas costas. E esse plano tem que ser gestionado pelos trabalhadores e com o controle da população.

E para aprofundar as medidas, é necessário a gente, os trabalhadores, os jovens, os setores oprimidos, se organizar contra a irracionalidade ambiental do capitalismo, que tem sua cara mais nefasta em Bolsonaro, o Ministério do Meio Ambiente, Guedes, Congresso e o agronegócio. Assim como o STF, que ataca as terras indígenas, beneficiando não só o agronegócio, mas o garimpo também. Para isso, é necessário lembrar que essa luta tem que superar o PT, porque foi durante os 13 anos de governos do PT que se fortaleceu o agronegócio e não podemos esquecer que essa calamidade capitalista acontece no governo estadual do PSB. Inclusive todas essas medidas de emergência é uma exigência ao governo do Pernambuco, assim como do Estado brasileiro, que liberem todos os subsídios necessários para atender os afetados e os que possam ainda ser afetados. E confiscar os bens e as fortunas dos empresários e do agronegócio que roubam os recursos das nossas florestas em prol de seus lucros. Precisamos lutar por uma reforma urbana radical, numa unidade entre trabalhadores, juventude, setores oprimidos e povo pobre.

As massas trabalhadoras e pobres não podem estar sozinhas. A intelectualidade tem um enorme papel a cumprir na recuperação em uma perspectiva pró-operária e popular. Para exercer esse papel, é preciso romper com o currículo tradicional, construído para esvaziar mentes, corações e encher os ricos de patentes. Os economistas, arquitetos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, contabilistas, bibliotecários, arquivologistas, jornalistas, devem ser convocados a colocar seu conhecimento a serviço de construir e disseminar esse plano de emergência, contribuindo para seu sucesso e para a melhoria da qualidade de vida das massas trabalhadoras e pobres".

 
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