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Tortura a céu aberto
Polícia Rodoviária de Bolsonaro usa "câmara de gás" em carro para assassinar homem negro no Sergipe
Redação

Ontem, 25, um homem negro foi assassinado violentamente por policiais rodoviários federais de Bolsonaro em Umbaúba, Sergipe. Ele foi colocado no porta malas da viatura policial com bombas de gás lacrimogêneo. Vídeos flagraram seu sufocamento até a morte. Um campo de concentração a céu aberto. A polícia mais uma vez mostra sua face racista e assassina. Exigimos justiça.

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Os vídeos de moradores flagraram o momento em que policiais prenderam a vítima no porta-malas do carro e o sufocaram com gás lacrimogêneo, uma cena torturante onde dá para ouvir os gritos de desespero de Genivaldo. Mesmo os moradores alertando que ele poderia morrer sufocado com o gás, a polícia continuou.

Imagens fortes:

Segundo o relatório do IML, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Ele tinha esquizofrenia e deixou um filho de 7 anos. Na hora da abordagem ele estava com seu sobrinho que assistiu tudo.

“Eu estava próximo e vi tudo. Informei aos agentes que o meu tio tinha transtorno mental. Eles pediram para que ele levantasse as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos”, disse Wallyson de Jesus, seu sobrinho, em entrevista ao G1. “Meu tio ficou nervoso e perguntou o que tinha feito. Eu pedi que ele se acalmasse e que me ouvisse”.

Os policiais jogaram spray de pimenta nele e o colocaram dentro da viatura e começaram a sessão de tortura. Um absurdo que infelizmente não é um caso isolado. Letícia Parks, dirigente do Quilombo Vermelhoso - Luta Negra Anticapitalista disse em tweet:

Há 2 anos George Floyd era assassinado nos Estados Unidos, sufocando ele gritava “Eu não consigo respirar”. O Black Lives Matter foi a expressão da revolta e ódio contra a violência policial. Seja nos EUA, ou no Brasil fica escancarado que a polícia é nossa inimiga de classe e que não podemos vê-la como aliada dos trabalhadores. É um aparato repressivo do Estado burguês e está a serviço dos interesses sanguinários capitalistas, e ao assassinato sistemático da população, principalmente, negra e trabalhadora. A luta contra a polícia, o racismo e a miséria do capitalismo estão na ordem do dia.

O BLM, mostrou justamente a necessidade da unidade na luta contra a opressão racial e a luta da classe trabalhadora. No Brasil, o país que a cada 23 minutos morre um jovem negro, devemos nos apoiar nesses importantes exemplos da fúria negra norte americana para impor justiça a todos e todas assassinadas pela polícia, lutar contra a extrema-direita e seus métodos reacionários e fascistas de tortura. Assim como, lutar contra a polícia e sua impunidade, que é garantida pelo Estado e pelos tribunais militares. Isso só será arrancado com a força da nossa luta e mobilização nas ruas.

Por isso, é urgente que as centrais sindicais rompam com sua paralisia eleitoral e convoquem atos massivos contra a violência policial, a extrema-direita de Bolsonaro, Mourão e militares, e os ataques em curso. Justiça por Genivaldo!

Leia também o Editorial do MRT: Como enfrentar a extrema-direita bolsonarista sem sucumbir à conciliação de classes?

 
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