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CRISE NA INDÚSTRIA EM MG
Trabalhadores da Mineração e Siderurgia devem se unir contra a crise em MG!
Júlio, metalúrgico de Contagem
Contagem - MG

Minas Gerais vive uma enorme crise com o estado cada vez mais quebrado e milhares de desempregados, o que a cada dia só aumenta.

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O estado que tem como pilares de sua economia a mineração e a siderurgia, com grandes empresas capitalistas que, além de ceifar o meio ambiente com sua exploração desenfreada que só visa seus lucros, colocam milhares na rua no primeiro sinal de crise, política que busca manter suas enormes taxas de lucro e a remessa para os acionistas nacionais e internacionais.

Grandes empresas que dominam o mercado minero-siderúrgico como Gerdau, Vale, CSN, Vallourec, Nippon, BHP, Arcellor Mittal, vêm no último período fazendo um show de horrores colocando dia após dia milhares de novos desempregados na rua. Mostram que de nada adianta ter grandes empresas que alegam investir e desenvolver o estado, mas que na verdade só visam explorar sua população e seus recursos naturais.

Mesmo em período de forte produção o trabalhador mineiro vive uma dura rotina de trabalho e baixos salários na siderurgia. Um salario médio de um trabalhador não supera a média de 1500 reais e na mineração o valor não passa dos 1300 reais. Como se não bastasse, a luta por melhores condições de trabalho se esbarram na divisão sindical imposta aos trabalhadores que tem negociações separadas e épocas diferentes de campanhas salariais. Isso dificulta melhores acordos e lutas que poderiam ser maiores e mais poderosas, engrossadas pela base bruta do proletariado do estado.

Infelizmente sabemos que a CUT, que dirige os principais sindicatos do estado, é a principal culpada por essa divisão. A CSP-Conlutas, que dirige alguns sindicatos importantes no interior do estado, poderia dar mais exemplos de unidade e luta dos trabalhadores da siderurgia e mineração. Um exemplo da adaptação dos sindicatos da CSP-Conlutas foi no trágico crime ambiental cometido pela Samarco, com pouca ações de solidariedade operárias realizadas no sentido de parar a produção das maiores minas e siderúrgicas do estado. Além disso, em diversas outras oportunidades a CUT mostrou sua face, como na greve da metalúrgica Acument (antiga Mapri) em agosto, em que aceitou que as lutas permaneceriam isoladas e não travou uma luta para que se tornassem exemplos para outras fábricas resistirem às demissões. Por isso só com uma forte campanha da CSP-Conlutas por um plano de lutas que rompa com essa lógica de divisão sindical imposta pelas direções da CUT e da Força Sindical, que una em um só batalhão trabalhadores terceirizados, mineiros, metalúrgicos e a população das comunidades, que lutem pela reestatizacao da Vale e estatização das principais siderúrgicas, sob controle dos trabalhadores e da população, onde a produção seja para melhores condições de vida dos trabalhadores e da população, é que podemos mandar um recado para estas empresas exploradoras de que não aceitaremos que a crise seja paga pelos trabalhadores e o povo.

Para comprovar o peso desses dois setores nos estado seguem alguns dados oficiais: Minas Gerais é o maior produtor de aço bruto do Brasil, com 4,31 milhões de toneladas, respondendo por 33,1% da produção do país; é hoje o maior estado produtor mineral do Brasil, respondendo por 44% da produção do país. O Estado é líder no cenário nacional na produção de calcário, ferro, fosfato, grafite, nióbio, lítio, ouro e zinco. Minas Gerais produz todo o zinco nacional e é também responsável pela produção de 82% do ferro, 71% do minério de ferro, 66% dos diamantes e 65% do ouro no Brasil. Os setores juntos empregam mais de 200 mil pessoas diretamente, fora os milhares de terceirizados que existem ao redor das minas e siderúrgicas do estado e que por culpa desse crime da terceirização, não é fácil obter números concretos.

 
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