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Guerra na Ucrânia
Juventude sueca se opõe à adesão à Otan
Redação

A juventude é o setor que mais se opõe à adesão da Suécia à Otan.

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Na última semana, a Suécia teve protestos contra a adesão à Otan. Compostos por maioria de jovens, os protestos denunciam a aliança militar, dizendo que a adesão trará mais conflitos, incluindo o país como sujeito da política imperialista liderada pelos EUA.

Muitos apelaram para a posição oficial histórica do país, de neutralidade militar até mesmo durante a II Guerra, frente ao avanço do Nazi-fascismo nos países vizinhos, por um lado, e das políticas de rapina das democracias imperialistas que se opunham ao Eixo.

"Para muitas pessoas, esta decisão é uma grande mudança, porque, durante todos esses anos, muitos suecos se viam como vozes de paz. Mas agora, muitos sentem que a decisão de aderir a Otan é uma medida apressada, baseada no medo", disse Linda Akerström, da Sociedade Sueca de Paz e Arbitragem, ao jornal alemão DW.

Alina Engström, analista de política de segurança da Agência Sueca de Pesquisa em Defesa, afirmou que a cooperação com a Otan não é novidade, que desde os 1990, a Suécia vem dando passos nesse sentido, e o último exemplo foi o papel do país no Afeganistão, quando enviou enviar tropas na Missão de Apoio Resoluto, liderada pela aliança militar até o final de maio de 2021. Para a analista, o país já adere aos padrões da Otan, e a adesão seria "um pequeno passo no nível militar e operacional".

Povos indígenas que tem a região do norte como parte de suas terras originais veem a possibilidade de seus direitos étnicos serem violados com o acordo. Falando cerca de 10 variedades linguísticas, os lapões ou Sami habitam a região norte, em um território que ocupa parte da Suécia, parte da Noruega, da Rússia e da Finlândia. A adesão à Otan poderia transformar o território em uma grande região de operações militares.

"Sinto que é problemático para a Suécia aderir à Otan, especialmente para mim como indígena no norte. Sinto que já existe uma briga por terra no país e acredito que a Otan pode ver o norte da Suécia, que é território indígena, como uma enorme região militar para realizar seus exercícios. Então, eu só vejo isso como mais uma forma de colonização", disse Sara Andersson Ajnnak, uma artista que pertence ao povo lapão e vive ao norte do país.

"Ainda hoje somos afetados pela atividade da Força Aérea, que afeta a população de renas. Essas atividades agora devem aumentar, e estou com medo de como essa decisão afetará nossos direitos e o meio ambiente", completou a artista.

Frente ao avanço militarista dos imperialismos europeus, o setor que mais vem se levantando contra a guerra é a juventude. É preciso levantar uma política de rechaço à Otan, mas que não caia em alternativas reacionárias como o apoio a Putin na guerra da Ucrânia. O boicote consequente ao militarismo europeu e a derrota da tendência nacionalista é o que pode ser construído por essa juventude em aliança com os trabalhadores, e o direito de auto governo das diferentes nacionalidades oprimidas só pode ser dado através da colaboração da classe operária internacional, com governos de trabalhadores em cada país.

 
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