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Onda de frio
Durante temporada de frio no governo Bolsonaro, cresce a quantidade de moradores de rua
Fabricio Pena - estudante de sociais da UFRGS

Uma onda de ar frio tomou conta do CentroSul do país, derrubando as temperaturas e revelando parte da podridão dos capitalistas e seus governos: por um lado despejam de suas moradias centenas de pessoas no dia mais frio do ano, por outro, lucram com o aumento dos preços, um fator que atua no aumento da população em situação de rua.

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Na madrugada desta quarta-feira (18), cidades das regiões Sul e Sudeste registraram temperaturas abaixo de 10º. Esse frio ocorre por conta de um deslocamento de massa de ar polar que coincide com a passagem de um ciclone extratropical no Sul, trazendo umidade e derrubando as temperaturas abruptamente. A última noite em São Paulo a temperatura registrada ficou em torno dos 7ºC e com sensação térmica de -4ºC.

Embora as condições atuais do frio que passamos sejam atípicas, o frio não é um fenômeno novo nessas regiões. O absurdo está na resposta dada pelas prefeituras, pela Justiça, pela Polícia e demais podres poderes dos capitalistas.

Na véspera dessa madrugada fria, a Justiça de São Paulo, pelas mãos da juíza Daniela Dejuste de Paula, determinou a reintegração de posse do Baixo Augusta Hotel, no centro da capital. Foram mobilizadas nove viaturas da PM e três batalhões do Choque para colocar na rua 100 famílias, cerca de 300 pessoas, sendo 79 crianças. Para essas famílias o que a justiça burguesa e a polícia comandada por Rodrigo Garcia (que assumiu o governo de SP depois que Dória saiu para concorrer à presidência pelo PSDB) oferece é congelar no frio, tudo para proteger o patrimônio abandonado pelos capitalistas da especulação imobiliária.

Infelizmente o frio mata centenas de pessoas todos os anos no país. O descaso dos governos e a sede de lucro dos capitalistas é cruel e mata. Essa é uma realidade que afeta milhares. Como mostra o último censo sobre a população em situação de rua divulgado pela prefeitura de SP em janeiro, teve um crescimento de 30% nos últimos dois anos, chengando em 32 mil pessoas na rua na capital. Desses, em torno de 25%, ao menos, vieram de fora de SP em busca de emprego.

O desemprego, a fome, o aumento absurdo dos preços faz disparar o número de pessoas que acabam em situação de rua. E são os próprios capitalistas que calculam o aumento da inflação para proteger e ampliar seus lucros. Ou seja, enquanto ao menos 20 milhões de pessoas passam fome no país, um punhado de empresários parasitas lucram com nossa desgraça.

Somado a isso, Bolsonaro e Paulo Guedes fazem de tudo para privatizar ainda mais estatais, entregando de bandeija empresas estratégicas, como a Eletrobras, para assionistas imperialistas. Assim, aumentam o custo de vida, agravam a crise dos trabalhadores e do povo pobre desse país, ampliando a miséria e fazem com que o frio seja um problema de vida ou morte.

É necessário um plano de emergência para enfrentar o frio e a fome. As grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, que dirigem milhares de sindicatos pelos país, deveriam cumprir o papel de organizar os trabalhadores e levantar um plano de luta contra a carestia de vida. Em vez disso, apostam todas suas fichas na eleição de Lula, junto de seu vice Alckmin, o mesmo que governou SP por anos e é responsável direto pelo aumento de pessoas em situação de rua, que comandou inúmeros despejos como foi o caso de Pinheirinho.

Por tudo isso é necessário lutar para que nenhuma família seja jogada na rua, acabando com os despejos. Por um auxílio emergencial igual a um salário mínimo para acabar com a fome! Pelo aumento automático dos salários conforme a inflação! Pela redução de jornada sem redução dos salários, para que todos possam trabalhar! Isso tudo como forma de enfrentar a política econômica de destruição de empregos e salários de Bolsonaro, Mourão e Guedes.

 
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