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Bans off our bodies
Maíra Machado: "Nos EUA e aqui, combater a extrema-direita que ataca o aborto com a nossa luta"
Redação

Veja a declaração da professora Maíra Machado, dirigente do MRT e militante do Pão e Rosas.

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A suprema corte dos EUA está se preparando para reverter a decisão Roe vs. Wade, que estabelece que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto. Essa reversão representa um ataque histórico aos direitos das mulheres. O movimento de mulheres responde com milhares nas ruas. Sobre o tema, Maíra Machado, dirigente do MRT e militante do Pão e Rosas, declarou:

"Essa é mais uma demonstração de que mesmo fora da presidência, a extrema direita, que nos EUA é representada pelo trumpismo, atua constantemente contra as mulheres, os negros e o conjunto da classe trabalhadora. Milhões de mulheres poderão ter o direito sobre seus corpos negado, atingindo principalmente as mulheres pobres e negras. Um absurdo!

Essa escória misógina busca se fortalecer para as eleições de meio mandato nos EUA, e precisa ser enfrentada nas ruas. Mas mesmo Biden e os democratas apenas se fazem de progressistas para se localizar eleitoralmente, sem nenhuma postura realmente consequente com as vidas das mulheres.

No Brasil o direito ao aborto é negado, e a extrema direita nojenta de Bolsonaro e Damares querem restringir esse direito até quando a gestação pode levar à morte da mulher. Nossas vidas não importam para os moralistas. Mas, a exemplo dos EUA, mesmo que Bolsonaro sofra uma derrota eleitoral, a extrema direita não estará derrotada.

Portanto, é preciso enfrentá-los com a força das mulheres, a auto-organização dos trabalhadores e de todes oprimides, sem nutrir confiança nos nossos inimigos. A direita que hoje se diz democrática também é culpada e têm as mãos sujas de sangue dos abortos clandestinos no Brasil, que nas últimas décadas mataram 4 mulheres, sendo 3 negras, por dia em nosso país.

As alianças do PT com esses setores resultaram em que, ao invés de aborto legal, seguro e gratuito, garantido pelo SUS, o Brasil tivesse o fortalecimento dos fundamentalistas religiosos, que depois articularam o golpe institucional que abriu espaço para a extrema direita. Basta dessa estratégia, que inclusive o PSOL repete em sua federação com a Rede da militante anti-aborto Marina Silva.

Apenas através da luta de classes poderemos conquistar nosso direito. É por isso que nós do Pão e Rosas estamos chamando movimentos feministas e sindicais a uma campanha internacional de solidariedade às mulheres que, nos Estados Unidos, estão hoje lutando pelo direito ao aborto seguro e gratuito."

 
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