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Agronegócio
No Brasil, dezenas de bebês são intoxicados por ano devido aos agrotóxicos
Redação

Com as liberações de diversos agrotóxicos durante o governo Bolsonaro, tais problemas que já aumentaram em comparação com o último levantamento podem se agravar mais ainda.

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IMAGEM: REPRODUÇÃO

Segundo a especialista em agrotóxicos Larissa Bombardi que coordena a nova edição do atlas "Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia", em média, 50 bebês se intoxicam por ano por conta dos agrotóxicos, enquanto a média para adultos é de 15 por ano. Os dados advém de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, sendo que essa edição retrata as intoxicações de intoxicações entre 2010 e 2019.

A pesquisadora, que já recebeu diversas ameaças desde que publicou o seu primeiro levantamento em 2017, que abrangia dados de 2007 a 2014, aponta que os índices aumentaram em comparação com a pesquisa mais recente, visto que, entre adultos, a intoxicação era eram 10 anteriormente, e atualmente é de 15 pessoas por ano e entre os bebês a média aumentou de 43 para 50 por ano.

Além disso, há duas mortes a cada dois dias e cerca de 20% das vítimas são crianças e adolescentes de até 19 anos devido a essas substâncias, segundo um documento da pesquisadora, publicado pela rede de ambientalistas Friends of the Earth Europe. Outro aspecto fundamental para essa situação é a relação de fabricantes de agrotóxicos europeus com o agronegócio nacional.

Como uma das marcas deste regime golpista vem se dando pelo enorme fortalecimento político do setor ruralista que acaba se vinculando com este ramo, uma dessas expressões é que nos últimos três anos, empresas líderes na produção de agrotóxicos da Europa como Bayer e Basf tiveram 45 novos agrotóxicos aprovados em tramitações legislativas no Brasil, sendo que 19 deles possuem substâncias proibidas na União Europeia. Justamente, em um governo que se apoia no agronegócio para fazer política, defendendo abertamente os seus interesses mais nocivos, que é o Governo Bolsonaro.

Inclusive, o próprio governo, através de seus membros, chegou a se reunir entre 2019 e 2021, mais de 200 vezes com o Instituto Pensar Agro, que incentiva o uso de mais agrotóxicos, defendendo que não há responsabilidade de suas substâncias nas intoxicações ou demais efeitos destrutivos ao meio ambiente.

Enquanto isso, segue sendo defendido por todos esses agentes cada vez mais ataques ao meio ambiente e às pessoas, dado que segue em tramitação medidas nesse sentido como o projeto de lei dos agrotóxicos (PL 6299/02), também conhecida como “PL do Veneno” que que enfraquece o papel regulador de órgãos como Ibama e Anvisa na análise de agrotóxicos.

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Este ataque, que afeta sobretudo a classe trabalhadora que consome ou manuseia esses produtos e que paga diariamente com a sua saúde pela ganância do agronegócio, em conluio com governo e o regime de conjunto, deve ser enfrentado, assim como as demais medidas nocivas aos trabalhadores e ao meio-ambiente, revogadas urgentemente!

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