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Ataque a servidores
Prefeitura do PT, em Araraquara, criminaliza e corta salário de servidores em luta
Redação

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), acionou a justiça contra paralisação de servidores que lutam por reajuste salarial com base na inflação, recomposição de perdas salariais entre outras demandas. O prefeito afirmou que vai descontar o salário dos trabalhadores pela paralisação de um dia que ocorreu nesta segunda-feira (11).

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Foto: Sismar

A prefeitura de Araraquara entrou com ação na justiça para tornar ilegal a paralisação dos servidores municipais. O prefeito Edinho do Partido dos Trabalhadores ataca o direito dos trabalhadores manifestarem e ameaça descontar nos salários dos servidores.

Os servidores municipais de Araraquara lutam pelo reajuste salarial com base na inflação. Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), os servidores estão sem aumento desde junho de 2019. Com o enorme aumento nos preços dos produtos devido a enorme inflação, após quase 3 anos com salário congelado, os servidores enfrentam dificuldades no marco desta enorme crise.

Segundo o Sismar, devido às perdas salariais e esse congelamento desde 2019, hoje os servidores de Araraquara recebem o equivalente a cerca de um terço do que recebiam em 2015. As perdas somam 32,75%, o que representa um enorme arrocho salarial.

Enquanto os trabalhadores de Araraquara lutam por seus direitos e por salários dignos, o prefeito que pertence ao PT segue intransigente e ataca os trabalhadores. Na cidade, o prefeito é conhecido como carrasco dos servidores ao longo de seu mandato, ele ameaça descontar os salários dos servidores municipais paralisados, assim como já fez na greve dos trabalhadores da educação da cidade em 2021.

Os servidores indicaram greve a partir de segunda-feira (18) caso o prefeito continue intransigente. Suas demandas são o reajuste salarial pela inflação, a recomposição de perdas salariais de anos sem reajuste ou com reajustes abaixo da inflação e o reajuste do valor do tíquete pago aos servidores.

A política de Edinho Silva de criminalizar as greves não deixa nada à dever para os partidos de direita como Alckmin, conhecido por atacar o direito de greve dos professores da rede estadual de São Paulo. Ao mesmo tempo em que relembra essa orientação que o PT teve em seus governos, como declarou Lula em 2007, dizendo que “greve remunerada para o servidor são férias". Também anuncia aonde leva a conciliação de classes do PT, reforçada com a chapa Lula-Alckmin: governarão pela manutenção dos ataques aos trabalhadores, que é o grande objetivo pelo qual se unificam todas as frações da burguesia, seus partidos no Congresso, militares e judiciário.

As lutas dos trabalhadores de Araraquara/SP, de Minas Gerais e outras fábricas pelo país para recompor seus salários, as condições de vida de suas famílias e impedir o fechamento de postos de trabalho reafirmam a necessidade da esquerda socialista batalhar pela unificação das lutas em curso fortalecendo o combate para derrotar Bolsonaro e a direita nas ruas. Assim, como a urgência de apontar uma alternativa dos trabalhadores, independente da burguesia, também nas eleições construindo um polo de independência de classes para superar a política de conciliação do PT e fortalecer luta extraparlamentar.

Somente com a organização dos trabalhadores em luta é possível derrotar os ataques, conquistar as demandas dos trabalhadores em tempos de crise e derrotar a extrema direita. Isso é o oposto do que o PT faz com suas alianças com a direita.

 
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