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Violência machista
Feminicídio: marido espanca mulher até a morte em SP. Justiça para Anna!
Redação

Anna Caroline Valença, de 26 anos, foi mais uma vítima de feminicídio na cidade de Vila Santista, São Paulo. Ela foi agredida com socos, o que fez com que caísse no chão da cozinha, e chutes, que perfuraram seu intestino e causaram hemorragia interna; foi socorrida em estado grave e levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias mais tarde de infecção generalizada após perder muito sangue por causa das agressões.

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Segundo matéria do Yahoo!, no dia Anna teria descoberto que seu marido a estava traindo e tentou ir embora de casa. Em entrevista ao G1, a mãe da jovem, Priscila Valença Reis, de 41 anos, contou que ela trancou a filha e a irmã mais nova em um quarto da casa para que não vissem o espancamento. Ela disse:

“A Carol prendeu as duas dentro do quarto [filha e irmã] para elas não verem. Ela tentou se defender, mas ele bateu tanto nela que ela só conseguiu gritar para a irmã dela chamar o resgate. Ele deixou minha filha jogada no chão como se fosse nada".

“Minha filha vivia um relacionamento abusivo há 12 anos. Ele é muito articuloso, e ela nunca teve outro homem. Menina do interior, cheia de sonhos. Ele pegava os cartões dela, prendia ela dentro de casa. Se você visse o estado que minha filha estava no caixão, ficou irreconhecível", relatou Priscila.

"Ela ia recomeçar uma vida, mas não deu tempo. Queria embora e ele não deixava porque mais uma vez ele traiu ela. Minha filha mais nova disse que ele chegou do nada e começou a bater nela. Ninguém acreditava nela quando ela chamava a polícia."

O relato de sua mãe escancara o quão brutal é a violência machista, deixando filhas órfãs, uma mãe sem sua filha, e terminando com a vida de uma mulher que simplesmente não queria mais estar num relação abusiva.

Esse feminicídio não é um caso isolado. Segundo pesquisa, o Brasil tem 1 estupro a cada 10 minutos e 1 feminicídio a cada 7 horas. Esse nível de brutalidade com as mulheres, que acomete em particular as negras e trabalhadoras, faz parte de uma cadeia de violência sistemática que vai desde os salários desiguais para com os homens, o trabalho precário, o controle do Estado sobre o corpo da mulher com a proibição do aborto, na impunidade da justiça com casos como o de Marielle e na falta do mínimo de amparo para essas mulheres.

O Estado também é responsável! O reacionarismo machista de extrema-direita de Bolsonaro e Mourão dão carta branca para feminicídios como esse, enquanto estão juntos ao Congresso, com a bancada evangélica por exemplo, e o STF para massacrar a vida das mulheres com reformas ultraneoliberais e essa violência machista estrutural. Mais uma prova de que o patriarcado está intimamente ligado ao capitalismo. Por isso, precisamos impor justiça para Anne com a força da luta das mulheres e do conjunto da classe trabalhadora!

 
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