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UFABC
Por uma Assembleia Geral na UFABC para definir como fazer o retorno seguro: a comunidade universitária é quem deve decidir!
Faísca - UFABC

A reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConsEPE) do dia 25/02 recolocou de forma inesperada o planejamento do retorno presencial para já o próximo quadrimestre que se inicia em Junho. Entre os anseios e expectativas de milhares de alunos que após dois anos de pandemia poderão frequentar pela primeira vez a UFABC, há também muitas preocupações com a permanência estudantil e as condições sanitárias. Mais do que nunca é preciso que a Comunidade Universitária possa decidir como fazer o retorno, por isso é urgente uma Assembleia dos 3 setores para que seja a maioria da universidade a colocar os seus interesses nesse momento de retomada das aulas presenciais.

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As eleições para Reitoria foram um primeiro grande debate no retorno das aulas remotas em 2022. Nós da Faísca contribuímos com um carta sobre o Projeto de Universidade e a necessidade de um movimento estudantil com um programa anticapitalista que aposte na auto-organização dos estudantes ao lado dos trabalhadores para que a universidade seja colocada à serviço da classe trabalhadora e sirva como ponto de apoio na luta para transformar o mundo, abrindo o questionando do caráter de classe da universidade até o caráter de classe da sociedade.

Apesar de que naquele momento os debates sobre os planos de retorno foram colocados, e ambas as chapas, se comprometeram com seguir o projeto cauteloso de um retorno presencial que nunca se sabia quando (e se) chegaria. No dia que se encerrava o processo eleitoral, vencido pela Chapa 1 - a atual situação, aconteceu uma reunião extraordinária que permitiu a desvinculação da fase 1 para realizar o planejamento das atividades acadêmicas para o próximo quadrimestre, já garatindo um retorno presencial de diversas disciplinas teóricas. Mais uma vez, os Conselhos antidemocráticos autorizaram o planejamento presencial, sem qualquer compromisso com questões elementares de permanência e sem consultar a grande maioria da universidade, à começar pela maioria de estudantes, mas também as centenas de Técnicos Administrativos, terceirizados e os docentes.

No dia 07 de Março, foi publicado no site oficial da UFABC a atualização dos protocolos de biossegurança para aulas presenciais e no dia 10 de Março, a reitoria publicou Planejamento de atividades didáticas presenciais do segundo quadrimestre de 2022, o que gerou uma enorme repercussão entre os estudantes que novamente foram pegos desavisados, assim como novamente foram tratados de forma meramente administrativa.

Neste mesmo dia que se publicava o planejamento das atividades presenciais, a Pró-reitoria convocou uma reunião fechada com algumas entidades e coletivos da universidade, onde foi questionado uma série de problemas trazidos por representantes discentes e pelos relatos de alunos que temem como será feito este retorno. Os pontos principais tratam do problema da permanência, especialmente com alunes de fora do Estado de SP.

Nossa companheira, Virgínia Guitzel, estudante de BCH e de BRI e militante da Faísca Revolucionária interveio na reunião, veja abaixo:

O retorno às atividades presenciais é tema de debate em várias universidades públicas, na Universidade Federal ABC essa discussão começou a partir da elaboração do “Plano de retomada gradual de atividades presenciais na UFABC” elaborado pelo ConsUni (Conselho Universitário). Desde o começo, a maioria da universidade vem sendo excluída de tomar as decisões que irão impactar diretamente nas suas vidas. Basta desse regime universitário antidemocrático! É preciso que as entidades do movimento estudantil, de trabalhadores e docente convoquem uma Assembleia dos 3 setores para que possamos tomar o destino da nossa universidade nas nossas mãos!

Por isso, nós da Juventude Faísca Revolucionária estamos articulando junto com outros coletivos e entidades a organização desse espaço de elaboração, discussão e organização política da comunidade acadêmica para que possamos fortalecer a nossa auto-organização, construindo verdadeiras formas democráticas para refletir sobre as demandas da nossa universidade, assim como o papel que podemos cumprir na sociedade se questionamos o caráter de classe da qual o conhecimento é apropriado, e à serviço do que está a educação superior no Brasil. Por isso, é fundamental que cada organização que se reivindica socialista e de esquerda precisa dar para construir um movimento estudantil combativo e independente das reitorias e governos, que busque construir uma aliança com os trabalhadores.

É fundamental contrapor à Reitoria e estes Conselhos Antidemocráticos, que distorcem a realidade da universidade, onde nós estudantes somos uma esmagadora maioria, e que não temos nenhum poder de decisão dentro destes espaços. A aprovação da desvinculação da fase 1 para o planejamento no Consepe, no dia que se encerrava oficialmente à eleição da Consulta à comunidade acadêmica, demonstram os movimentos da reitoria recém reeleita que busca impor uma retomada das atividades presenciais, onde as políticas de permanência como o Restaurante Universitário e o ônibus fretado entre os campus de por exemplo, seguem em último plano.

 
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