Em Valinhos (SP), ocorreu uma ocupação da prefeitura por mais de 100 mulheres do Acampamento Marielle Vive!, exigindo uma reunião com a prefeitura e com os políticos da cidade, buscando garantir o legítimo direito de mais de 450 famílias acampadas há 4 quatro anos, e que agora sofrem a absurda ameaça de despejo. A ocupação aconteceu hoje (10/03).
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Foto: Julia Giménez e Marília Fonseca/ Brasil de Fato/ Twitter
O prazo de vigência da ADPF n°828, que é a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, e que trata da suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia, venceu no último dia 31 de março, ameaçando o legítimo direito à terra dessas famílias, em meio ao governo Bolsonaro e Mourão e todo o regime do golpe, que impõe ataques brutais à classe trabalhadora e o povo pobre, que são empurrados ao desemprego, à miséria, a fome, a pandemia e a precarização e superexploração do trabalho.
No Brasil, 19 milhões de brasileiros vivenciam a desnutrição e a fome. Além disso, 113 milhões estão em situação de vulnerabilidade alimentar. Tudo isso é fruto do aumento da inflação e dos preços dos alimentos por parte dos capitalistas, que descarregam a crise nas costas da classe trabalhadora e do povo pobre, levando a cenas deploráveis, como as filas do lixo e do osso. Diante dessa situação, é necessário defender uma verdadeira reforma agrária, contra o agronegócio e latifundiários, que faça uma distribuição da terra para o povo pobre e trabalhador do campo, produzindo alimentos para os mais necessitados e de forma barata.
Ao mesmo tempo, é urgente uma verdadeira reforma urbana radical, com um plano de emergência que exproprie os móveis ociosos para as famílias que estão sem teto em todo o Brasil, assim como a disponibilização de quartos e salas de hotéis. Também é fundamental um plano de obras públicas que construa novas casas e moradias, e também acabe com o déficit habitacional nas periferias e bairros pobres.
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