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Espectro do Comunismo: Panorama da Ucrânia, 07/03: choques à estabilidade social

Nessa atualização do Panorama da Ucrânia, André Barbieri discute as implicações da guerra na Ucrânia sobre a economia mundial, e como esse impacto pode colocar em risco o que os governos capitalistas chamam de "paz social".

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Adiando a possibilidade de escalada militar do conflito, a OTAN vai buscando avançar e afetar a Rússia através de sanções econômicas. O reconhecimento da Ucrânia como membro da União Europeia ou o estabelecimento da zona de exclusão aérea, como queria Zelensky, significariam um afronte e um recado de guerra a Putin, o que aumentaria a intensidade dos choques militares. Mas quem paga a crise pelas sanções econômicas impostas pela OTAN não são os oligarcas, e sim a classe trabalhadora russa que já sente o peso da desvalorização do rublo.

As guerras, mais que qualquer outro momento, marcam um choque entre as classes. Quanto maior o tempo da guerra, maior o impacto e as tendências de ruptura sob o tecido social que sentem a miséria, neste caso criada pela disputa entre dois bandos reacionários: o imperialismo dos EUA-OTAN, de um lado, e o bonapartismo russo, do outro. Na medida em que se aumenta o preço de matérias primas e de produtos básicos do consumo, se abre a possibilidade de intensificação da luta de classes.

Não só na Rússia e no continente europeu, as sanções já são sentidas no mundo todo, e seus efeitos não são só imediatos. Em países como Egito, Tunísia, Iêmen e Líbano, dependentes dos trigos russos e ucranianos, já amargam a possibilidade de escassez do pão. Em 2011, três anos depois da crise de 2008, emergiram as revoltas da fome, que de certa maneira antecederam a primavera árabe.

Confira a declaração da Fração Trotskista pela Quarta Internacional sobre a guerra na Ucrânia:

Esta possibilidade de intensificação processos de luta de classe por efeitos da Guerra parece ainda não ser tão sentido pelas potências da OTAN, como se vê com o rearmamento do imperialismo europeu, principalmente alemão, chegando a cifras recordes. Mas da própria Alemanha emerge um exemplo para a classe trabalhadora internacional: centenas de trabalhadores hospitalares se posicionaram contra a Guerra na Ucrânia, contra a invasão Russa e contra o rearmamento do imperialismo europeu, um exemplo de uma posição independente frente a dois bandos reacionários. Ao analisar a Guerra, o fator luta de classes é fundamental, e é possível e necessário o surgimento de uma resistência operária e independente das forças nacionalistas de Zelensky e da OTAN para responder à invasão russa. Também é necessário a abertura de todos as fronteiras para os refugiados, em países como a Alemanha e Polônia, se viu uma política extremamente racista na recepção aos refugiados que separava os refugiados negros e árabes dos ucranianos.

 
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