O salário, com a aprovação, passa de R$ 9.522,29 para R$ 10.607,83 o que é uma quantia alta para quem a pouco tempo atrás promoveu um aumento abusivo na tarifa de ônibus sobrecarregando ainda mais os trabalhadores e a juventude da cidade, que temem a estabilidade de seus empregos, já que para manterem os lucros em níveis astronômicos os patrões estão pondo centenas na rua, formando filas gigantescas no SINE/RS como já mostramos anteriormente.

Nosso país passa por uma profunda crise tanto econômica quanto política, altos níveis de desemprego, cortes em saúde e educação, retirada de direitos, tudo isso para bancar a dívida dos bancos que hoje consome quase metade do PIB nacional. A operação Lava-Jato, maior caso de corrupção da história do Brasil, envolve todos os grandes partidos burgueses com milhões de desvio do dinheiro público, inclusive partidos que votaram a favor do aumento dos salários na Câmara de Caxias. Só o que os vereadores ganharam de reajuste (R$ 1.085, 54) é maior que o valor de um salário mínimo, que hoje está em R$ 880,00. Quantia que muitas famílias tem de renda mensal e com ela precisam se desdobrar para por comida na mesa e ainda conseguir pagar as contas, coisa que fica cada vez mais difícil com os aumentos em água e luz.

Nós do MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) defendemos o mesmo que nossos irmãos argentinos do PTS: Que todo político ganhe o mesmo que uma professora! É inadmissível que um político ganhe em 1 mês o que um trabalhador ganha em um ano. O Estado gasta centenas de milhões de reais por mês para manter uma casta política que serve apenas para cortar direitos dos trabalhadores e da juventude em prol dos lucros dos capitalistas.

As lutas da juventude como as ocupações em São Paulo e Goiás, e as manifestações de rua contra o aumento da tarifa mostram que essa nova geração está disposta a se enfrentar com um Estado que "vem quente" quando o assunto é tirar dos que passam sufoco todos os dias, por isso convidamos a juventude a debater nas escolas, universidades e locais de trabalho a situação que estamos enfrentando e a partir disso organizar as lutas pela base para barrar as demissões, aumentos de tarifa do transporte público e cortes na educação. Que os capitalistas paguem pela crise!