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Homofobia
Milton Ribeiro é denunciado por dizer que homossexuais são fruto de "famílias desajustadas"
Redação

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, em 2020, o Ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, disse que a homossexualidade não seria normal e atribuiu sua ocorrência a "famílias desajustadas", e falou em adolescentes "optando por ser gay". Ele agora está sendo denunciado pela PGR, mas não será esse órgão golpista, controlado por Augusto Aras, que levará adiante a luta para jogar no lixo da história a extrema-direita bolsonarista.

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Imagem: FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

As declarações foram proferidas em entrevista de setembro de 2020, em entrevista ao jornal.

Questionado sobre educação sexual nas escolas, Ribeiro disse que é um tema importante para evitar gravidez precoce – mas que não acha necessário debater questões de gênero e sexualidade em sala de aula.

"Acho que o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", afirmou Ribeiro na entrevista.

É através desse discurso reacionário que Milton Ribeiro, em coro com Bolsonaro, Damares e toda a corja direitista, que se incentiva os violentos atos de homofobia e transfobia contra a comunidade LGBTQIA+, país com níveis absurdos de assassinatos de pessoas trans. O país de Bolsonaro e Damares é campeão em assassinatos de pessoas trans: 4 em 10 mortes foram aqui. Em um país assolado pela crise, os trabalhadores e mais oprimidos como as LGBTQIA+ são os que mais pagam caro por ela, inclusive com suas vidas.

Não podemos ter ilusão nenhuma nas diferentes alas do regime golpista, como STF, Congresso, Governadores, muito menos a PGR, que agora busca "denunciar" Milton Ribeiro por suas falas homofóbicas, mas no entanto também atua como pivô do golpe que descarrega o peso da crise nas costas da classe trabalhadora e seus setores mais oprimidos, como a comunidade LGBTQIA+, os negros e as mulheres, além do fato de que Augusto Aras, atual Procurador-geral da República, sempre atuou para blindar Bolsonaro.

Também não vai ser Lula, que dialoga com a direita, se reunindo com o reacionário Pastor Isidório, e que busca alianças com o reacionário e conservador Alckmin, para construir um governo que vai manter todos os ataques, que vai dar uma saída para a situação da comunidade LGBTQIA+.

A única força capaz de jogar a extrema-direita bolsonarista, a igreja evangélica, a família tradicional e seu ódio lgbtfóbico na lata do lixo da história é a da luta e unidade entre trabalhadores e mais oprimidos.

 
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