Quarto onde os trabalhadores foram resgatados. (Foto: Divulgação/Ministério Público do Trabalho)
As pessoas foram resgatadas no abrigo no bairro Chácara Barra Verde, junto com 170 animais. Eles não recebiam salário, apenas moradia, e tinham que sair escondidos durante a noite para ir em uma igreja próxima para conseguir ter acesso a alimentação. Eles também comiam miúdos de porco que sobravam da alimentação dos cães e gatos. Eles foram resgatados no dia 21 de dezembro.
O local onde eles moravam não possuía chuveiro, era sujo e as instalações elétricas precárias traziam risco de incêndio.
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Dois dos resgatados eram de Piracicaba, também no interior de São Paulo, e a outra era do Ceará. Os donos do abrigo assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no valor de R$ 265 mil. Eles haviam prometido boas condições de trabalho para enganar os trabalhadores resgatados.
Em diversos casos de resgate de trabalhadores em situação análoga a escravidão, os empregadores apenas assinam TACs e, pagando os valores, não são processados pelo seus crimes.
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