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Repressão Estatal
"Analisar caso a caso”: Boric coloca em dúvida a liberdade de todos os presos políticos chilenos
La Izquierda Diario Chile

Esse foi o pronunciamento do presidente eleito, contrariando a afirmação de seu chefe de campanha, Giorgio Jackson, que afirmou que se revogariam as acusações feitas durante o governo de Piñera. A conciliação de classes mostra o peso reacionário de seus comprometimentos políticos com o centro e a direita.

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Na segunda-feira (20), Giorgio Jackson, coordenador político da campanha de Gabriel Boric, comunicou que se retirarão os processos pela Lei de Segurança do Estado (LSE) apresentados pelo governo de Piñera no marco da convulsão social de outubro de 2019. Imediatamente, várias figuras que apoiaram Boric se pronunciaram publicamente contra ditas declarações e o próprio presidente eleito acabou afirmando que será analisado “caso a caso” e que “é melhor não antecipar” em matéria de como será resolvida a situação.

A exigência que vem crescendo entre os familiares, amigos, organizações sociais, políticas e comunitárias é a de um indulto geral imediato, dado que as prisões e acusações se deram no marco de uma repressão selvagem contra os protestos sociais de 2019, deixando centenas de manifestantes com danos oculares e outras feridas provocadas pela polícia.

Sobre essa situação, Camilia Vallejo, dirigente do Partido Comunista e integrante do comando político de Gabriel Boric, também pôs em dúvida que seja cumprida a demanda popular. Na noite de segunda-feira disse à CNN que “nós nunca estivemos a favor de indultar quem saqueou pequenas e médias empresas e toda essa caricatura que tem se realizado de que queremos manter uma espécie de impunidade”.

Por outro lado, é preciso dizer que acabar com as acusações baseadas na Lei de Segurança Interior do Estado, como disse Jackson, não significa que os presos políticos serão liberados. Isso pode ser visto no caso de Jordano Santander, que se encontra preso desde 3 de março de 2020, após uma condenação de 5 anos por homicídio frustrado - acusação que sua família denunciou como sustentada em uma incriminação forjada pelos próprios agentes de Estado. No decorrer do processo, Jordano também foi acusado pela LSE, o que foi retirado, mas não foram retiradas as acusações que o condenaram.

Como destacou Tania Parada, familiar de Jordano Santander: “O que é preciso exigir aqui é o indulto, o indulto para os condenados e para os que estão em prisão preventiva”.

 
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