IMAGEM: Reprodução/ Jornalistas Livres

Em julgamento do caso de uma prisão em flagrante de um jovem negro, cuja detenção foi gravada e apresentava absurdo caso de violência ao ser algemado em uma moto, a juíza Julia Martinez Alonso de Almeida Alvim, do Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), alegou que não viu ilegalidade em sua prisão.

O caso aconteceu na Zona leste de São Paulo e segundo o portal UOL, os policiais militares que estavam na ação omitiram no boletim de ocorrência o fato do jovem, que tem 18 anos, ter sido algemado em uma moto e arrastado antes de ser levado a unidade policial que foi registrada a prisão em flagrante.

A decisão que também estabeleceu a prisão preventiva do rapaz foi tomada no Fórum Criminal da Barra Funda, ao mesmo tempo que ele será encaminhado para exame de corpo de delito em Inquérito Policial Militar, aberto pela corregedoria da PM-SP.

No entanto, o advogado do jovem denunciou o ato ao dizer o mesmo “Sofreu humilhação e violência por parte dos policiais militares. Isso configura uma ilegalidade”, sendo que os policiais envolvidos podem responder ainda pelos crimes de racismo, tortura e abuso de autoridade.

Trata-se de mais um caso de impunidade policial e do racismo institucional em meio a um julgamento. Novamente, o Estado e o regime se colocam de maneira permissiva para humilhações e a violência desta instituição, o que vem acarretando em índices cada vez maiores de mortes em suas operações e chacinas regularmente.

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