A pandemia do coronavírus já ultrapassou a marca sinistra de 5 milhões de mortos no mundo e, nesta semana, foi detectada e acendeu-se um alerta sobre uma nova variante, nomeada ômicron ( ou B.1.1.529), possivelmente originária da África do Sul. A notícia derrubou bolsas de valores e o preço do petróleo em todo o mundo. A
OMS relata que é mais contagiosa que a delta e pode ser que inutilize as vacinas desenvolvidas até agora -principalmente nos países desenvolvidos, visto que continentes inteiros como a África tem uma média vacinal que ainda é bem abaixo dos 10%.

A Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido - país que confirmou, hoje (27), os prováveis 2 primeiros casos da nova variante em seu território - informou que a ômicron tem uma proteína "spike" (que se conecta às células) que é muito diferente daquela do coronavírus original, na qual os imunizantes são baseados. Alemanha, que vem enfrentando a maior onda do vírus até agora e onde a extrema-direita negacionista vem se mobilizando e até mesmo ameaçando trabalhadores da saúde, também confirmou casos. Itália e Bélgica são outros países Europeus que já confirmaram contaminações pela nova variante.

Do lado de cá do Atlântico, o governo norte-americano de Joe Biden fechou as fronteiras para 8 países da África, determinação que hipocritamente não se aplica a cidadãos norte-americanos, barrando de forma xenofóbica e racista a mobilidade de pessoas vindas destes países, muito mais do que proteger os estadunidenses da chegada da variante. Também hoje, Nova York, um possível hotspot de contaminações, decretou estado de emergência.

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O pânico gerado pela chegada de uma variante perigosa vinda das regiões menos vacinadas do mundo é parte da irracionalidade do capitalismo de conjunto, com seus empresários, multinacionais, Estados, políticos e mercados financeiros, que priorizaram os lucros no lugar das vidas. Isso se dá de forma mais escancarada no negacionismo da extrema-direita, mas abertamente nas patentes privadas e no nacionalismo das vacinas, que lucrou com a desigualdade provocada pela própria rapina imperialista e impediu o acesso à imunizantes nos países mais explorados e oprimidos. Lucraram bilhões gerando a situação ideal para que novas variantes se desenvolvam, superem as tecnologias vacinais já desenvolvidas e nos levem à estaca 0 do combate ao coronavírus.

Por isso a urgência da luta pela quebra das patetes e pela reconversão das indústrias sob controle dos trabalhadores, para produzir todos os imunizantes, insumos e infraestrutura necessária para combater a pandemia até o fim.

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