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Lula
Em vídeo, Lula faz demagogia com os trabalhadores enquanto se alia à direita que nos ataca
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

Em recente vídeo publicado por Lula, frases que colocam a classe trabalhadora no centro são mostras da política demagógica que ao mesmo tempo que clama pela “indignação da sociedade”, faz alianças com a direita que nos ataca e mantêm as entidades sindicais que dirige paralisadas diante dos ataques e carestia de vida.

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Nesta quinta-feira, 27, Luiz Inácio Lula da Silva publicou um novo vídeo em suas redes falando sobre a situação de miséria da população brasileira, do desemprego e da fome crescentes e alarmantes que invadem milhões de casas no país, trazendo à tona as terríveis imagens da fila do osso e do lixo.

Em seu discurso fica clara a demagogia que faz com os trabalhadores, ao dizer coisas como “Toda vez que o Brasil está em dificuldade, ou qualquer país no mundo, quem se apresenta pra salvar esse país é a classe trabalhadora”. De fato, diante de toda a situação de crise que vivemos, no Brasil ou em qualquer país do mundo, é a classe trabalhadora que pode dar uma saída que não só “salve o país”, mas que atenda aos interesses e necessidades da maioria. Mas para isso, não podemos confiar e apostar em alianças e conciliação com nossos inimigos, com empresários e o centrão, como vemos Lula declarar abertamente nas mídias que já está fazendo.

Com frases do tipo “Tá na hora da gente indignar a sociedade brasileira”, em seu vídeo, Lula se esconde em um discurso de ódio à situação de intensa precarização, chamando a que a sociedade se indigne, quando é justamente seu partido, o PT, que na direção das principais entidades de trabalhadores e estudantes pelo país, como a CUT, CTB e UNE, se mantêm na paralisia, não convocam espaços democráticos de discussão e deliberação, não unificam as demandas entre diferentes categorias de trabalhadores a fim de organizar um verdadeiro plano de lutas que derrote Bolsonaro, Mourão e todos os ataques.

O que de fato fazem, em contrapartida, é apostar em saídas institucionais, determinando uma espera das eleições de 2022, o que se mostrou nos atos eleitorais convocados ao longo deste ano, na confiança que depositam na justiça burguesa e em alianças com partidos deste regime podre para responder à crise, com estratégia de ir desgastando Bolsonaro.

Para dar uma saída a toda a crise que estamos vivendo, é preciso apostar na luta de classes, essa é a verdadeira saída da classe trabalhadora. Apostando na organização independente e unificada da nossa classe, confiando nas nossas próprias forças e não em saídas institucionais e eleitorais que mantêm a ordem das coisas na sociedade, prevalecendo o lucro antes da vida. Para mudar a ordem e as regras do jogo, precisamos organizar os trabalhadores, a juventude, todos os setores explorados e oprimidos, para impor uma nova constituinte livre e soberana através de nossa luta, podendo assim revogar as reformas e ataques que descarregam sobre nossas costas.

 
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