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Justiça burguesa
Justiça racista de Dória acusa de 4 delitos mulher negra espancada e torturada pela policia
Redação

Escancarando mais uma vez como a Justiça burguesa de João Dória(PSDB) é racista e elitista, a promotora de Justiça Flavia Lias Sgobi acusou nesta terça-feira (19), por quatro crimes, uma mulher negra, de 51 anos, vítima de brutal violência policial durante uma ocorrência em maio de 2020, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo.

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Imagem: Reprodução/ YouTube

"Quanto mais eu me debatia, mais ele apertava a botina no meu pescoço", relatou a vítima, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, na época do ocorrido.

Relembre o caso:Polícia racista de Doria espanca e tortura mulher negra de 51 anos

Em depoimento a vítima também citou o caso de George Floyd, homem negro assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio de 2020, estrangulado pelo policial branco Derek Chauvin.

"Achei que iria ser morta como ele [George Floyd]. Eu estava no chão e lembrava daquela cena dele. Achei que iria morrer ali", disse a mulher, naquela ocasião, ao programa Encontro, também da TV Globo.

Em processo na Justiça Militar, os PMs são réus por lesão corporal, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento. Eles respondem pelos crimes em liberdade, nunca tendo sido presos. Estão afastados das atividades de rua, trabalhando internamente na corporação.

Na denúncia oferecida nesta terça contra a mulher, a vítima é acusada dos seguintes delitos: infração de medida sanitária preventiva, desacato, resistência e lesão corporal.

Com isso, neste caso, os policiais militares são as "vítimas" das "agressões". Ou seja, além de seguirem em liberdade garantida pela Justiça de João Dória, continuando a trabalhar, se tornaram "vítimas" de uma mulher negra que, como claramente mostra as imagens, era quem, totalmente indefesa, sofria a brutal violência do braço armado de João Dória.

Veja as imagens do momento da repressão:

Cinicamente, o racista e elitista Ministério Público Estadual entende que a ocorrência em Parelheiros consistiu em um caso de "desrespeito às normas sanitárias" em que a mulher negra e outros dois homens "desacataram" e até "agrediram" os policiais militares.

Porém, esta versão, dada pelos próprios policiais no dia da ocorrência, e, portanto, antes de os vídeos virem à tona, já tinha sido apresentada no 25° Distrito Policial (Parelheiros).

Além disso, há um agravante: os policiais - dois agentes - foram denunciados pelo mesmo MP Militar por terem, na avaliação da Promotoria de Justiça, mentido na delegacia.

O hipócrita e cínico João Dória "repudiou" a brutalidade, como se fosse um "erro" da polícia e não um projeto de seu governo burguês, que faz parte do DNA de partidos como PSDB, como historicamente estamos cansados de ver em São Paulo. Como se sabe, Dória em 2018 ameaçou, dizendo que "a polícia vai atirar para matar”, e já deixava claro que sua política de “segurança publica” era Carta branca para a PM agir como bem entender nas periferias. Em 2019 depois dessa declaração vimos os escandalosos frutos dessa política de extermínio no caso dos 9 jovens mortos em Paraisópolis, entre outros casos que vem acontecendo ao longo dos anos.

Esse caso mostra como é preciso lutar pelo fim da polícia, e como a nossa luta não pode ser ao lado de figuras grotescas como é o (Bolso)Dória, que tenta se demonstrar como "oposição racional" a Bolsonaro, mas que só tenta se mostrar mais viável para aplicar os ataques e a repressão exigida pela burguesia escravocrata brasileira e pelo imperialismo. A unidade deve ser entre a classe trabalhadora, auto-organizada nos seus locais trabalho, de estudo e nas ruas, com negras e negros na linha de frente, forjando uma grande mobilização para derrotar esses racistas e reacionários, desde Bolsonaro até Dória e demais políticos golpistas do regime que só servem aos interesses dos capitalistas.

 
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