Os bolsistas do PIBID e da Residência Pedagógica são os primeiros cientistas a sofrerem na pele os cortes efetuados por Paulo Guedes. Um abaixo assinado com 60 mil assinatura foi organizado. Segue abaixo o relato:
“No dia 7/10, nós (bolsistas), recebemos um comunicado sobre o atraso do pagamento das bolsas, dizendo que iriam pagar na semana passada. Estamos na segunda feira e não tem nenhuma previsão nem um comunicado. Nessa mensagem, dizia que o pagamento está dependendo da aprovação do projeto de lei 17/2021, na qual não me aprofundei, sei que tem a ver com questões orçamentárias. O que eu sei é que tenho contas para pagar, ajudo em casa e esse dinheiro faz falta. Não é muito, mas a gente sabe que para pobre R$ 400 reais faz toda diferença. Tenho uma amiga que a mãe é empregada doméstica com problemas de saúde e ela não está podendo ajudar em casa por conta desse atraso. Tem quem paga aluguel e atrasou por conta disso. Muito complicado e estamos sem respostas, sem retorno do governo até agora”.
A permanência na universidade está colocada em risco, já que não são poucos os casos de estudantes que dependem das bolsas para complementação de renda. E complementa:
“Enquanto o Paulo Guedes está enchendo a mala de dinheiro lá fora, o meu aluguel está atrasado”.
O PIBID e a residência pedagógica são programas de formação de professores que realizam o contato entre estudantes de graduação e de escolas públicas, capacitando profissionais para a educação. Esse corte afeta a continuidade dessas iniciativas que não possuem reajuste desde 2013. Uma amostra do caráter anti-ciência do governo Bolsonaro, um ataque direto contra professores e estudantes balizado pelo congresso nacional em conformidade com a vontade de Guedes. Conforme apontam entidades cientificas, a alteração na PLN 16, feita na última hora, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional.
Veja post do PIBID de Ciências Sociais e Biologia da PUC-RIO se manifestando pelo pagamento imediato das bolsas e detalhando a situação:
As entidades estudantis e a esquerda organizada precisam levar à frente uma ampla campanha em defesa do direito de estudar e se contrapor frontalmente a intenção de reitores, governadores, Paulo Guedes e Bolsonaro de impedir que estudantes consigam se manter na universidade.
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