Favela de Paraisópolis, em São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)
Colhidos antes e depois da pandemia, os dados também demonstram que a deterioração social brasileira foi mais forte entre a população de renda mais baixa.
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Na educação, a satisfação dos 40% mais pobres caiu 22% no Brasil e 2,38% no mundo. Esse porcentual reflete a piora de dados educacionais na prática. O tempo médio de estudo diário na população de 6 a 15 anos caiu para 2 horas e 18 minutos, enquanto o mínimo legal é de 4 horas.
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Entre os mais pobres, esse tempo ficou abaixo de 2 horas, e nas classes A e B ficou acima de 3 horas, o que aumenta o abismo social. As escolas ficaram fechadas mais no Brasil do que no restante do mundo. Isso sem contar que muitas crianças deixaram de estudar porque não tinham celular ou computador disponível e porque as apostilas não chegavam até elas.
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Na saúde, houve queda de 10,5% entre os brasileiros mais pobres e alta de 2,28% na média dos demais países. A situação se inverte entre os 40% mais ricos. No Brasil, a satisfação dessa faixa da população subiu 0,5%; nos demais países caiu 0,08%. Em relação às políticas ambientais, houve piora em todas as faixas de renda, enquanto a percepção no resto do mundo foi menos pior.
Fonte: Estadão/FGV Social com dados da Gallup World Poll
Além disso, as matrículas escolares recuaram ao menor patamar desde 2007, o que terá consequências no futuro, no aprendizado e na produtividade do trabalhador, que já estava estagnada há algum tempo.
No Brasil, o PIB per capita é o mesmo de dez anos atrás. Houve uma queda 45% em 20 anos, quando pensado o PIB em dólares, e em termos globais a população ficou mais pobre.
Segundo o presidente do Banco Mundial, David Malpass, a renda mediana por capita para economias avançadas vem crescendo 5% em 2021, mas para países pobres o avanço é apenas de 0,5%.
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Malpass lembrou que, em 2020, a dívida de países pobres subiu 12%, alcançando US$ 860 bilhões.
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Com informações de Estadão
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