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Inflação
Aumento de 7,2% na gasolina e no gás: Pelo congelamento dos preços e Petrobrás 100% estatal
Cássia Silva

Desde sábado, 9 de outubro, começou a valer o aumento de absurdos 7,2% na gasolina e no GLP, o gás de cozinha. Contra a política de Bolsonaro, Guedes e Lira privatistas que descarrega a crise nas nossas costas, é necessário lutar pelo congelamento dos preços a níveis anteriores à inflação pandêmica e Petrobras 100% estatal.

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Foto: Marcelo Brandt / G1

Desde sábado, 9 de outubro, começou a valer o aumento de absurdos 7,2% na gasolina e no GLP, o gás de cozinha. Esse aumento é referente à venda das refinarias para as distribuidoras e significa que o preço médio da gasolina nessa venda passa de R$2,78 para R$2,98 por litro. Para o gás, significa que o preço médio nessa venda passa de R$3,60 para R$3,86. O aumento foi anunciado na sexta, 8, pela Petrobras.

A realidade é que o impacto da inflação descarrega a crise econômica dos capitalistas diretamente nas costas dos trabalhadores e do povo pobre. Porque esses aumentos servem para garantir o lucro do agronegócio, que acrescenta o etanol anidro à gasolina, agregando também no preço final da gasolina, e dos investidores e dos bancos em Madri, Nova York e Brasil. Enquanto isso, somos nós que pagamos mais de R$100 no botijão de gás e R$7 no litro da gasolina, por causa dos preços absurdos estabelecidos pelas distribuidoras privadas e privatizadas, como a BR Distribuidora. No preço do gás, por exemplo, 36,9% fica com as distribuidoras.

Veja também: O verdadeiro motivo dos combustíveis estarem tão caros

É esse o projeto de Bolsonaro, Mourão, Guedes, dos generais que dirigem a Petrobras e do Congresso: garantir os lucros do agronegócio, das distribuidoras e dos bancos, enquanto majoritariamente os setores mais precários sofrem com a carestia de vida. Bolsonaro e Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, fazem cortina de fumaça dizendo que é necessário colocar um valor fixo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) na gasolina, diesel, biodiesel, etanol, gás natural e de cozinha, além de vários outros derivados de petróleo, sem tocar nos lucros do agronegócio e das distribuidoras.

Contra o governo de Bolsonaro e Mourão, Guedes privatista, militares e Congresso, é necessário lutar pelo congelamento dos preços para níveis anteriores à inflação pandêmica e por uma Petrobras 100% estatal e controlada pelos trabalhadores, para que os capitalistas paguem pela crise. E para isso, é preciso também que sejam os trabalhadores, junto aos setores oprimidos, a frente de uma luta que imponha às direções burocráticas do PT na CUT, na FUP, assim como do PCdoB na CTB e na UNE, que convoquem uma paralisação nacional que coloque prejuízo nos bolsos dos patrões e unifique a classe trabalhadora, juventude, mulheres, negros, indígenas e LGBTQIA+. Basta de estratégia eleitoreira que só vai repetir (agora num cenário de crise econômica) o que os governos de Lula e de Dilma fizeram, que foi abrir mais espaço para as privatizações, como a tentativa de Dilma de negociar mudanças nas leis do petróleo para facilitar sua entrega em troca de apoio político.

Confiando na força independente unificada da classe trabalhadora junto aos setores oprimidos e à juventude é que poderemos colocar um fim à carestia de vida. Por isso também que é urgente uma campanha unificada de todos os sindicatos nacionalmente para impor o reajuste automático dos salários a cada mês de acordo com o aumento do custo de vida. Nossa perspectiva deve ser resolver o problema do desemprego em toda a sociedade, por empregos com direitos para todos, dividindo as horas de trabalho de todo país entre empregados e desempregados, começando pela redução para jornada de 6h, 5 dias na semana. Para gerar empregos, é preciso um enorme investimento estatal em um grande plano de obras públicas para vários anos. Um plano controlado pelos trabalhadores, ligado a uma verdadeira reforma urbana, garantindo moradias, saneamento básico, transporte público rápido, hospitais, escolas, tudo o que é necessário para uma vida digna.

Entre em contato com o Esquerda Diário e o MRT e faça parte dessa campanha e por cada luta no seu local de trabalho. Envie denúncias. Nossa luta é também por um governo de trabalhadores de ruptura com o capitalismo. No marco dessa luta, também não acreditamos que uma saída como o impeachment de Bolsonaro vai resolver. Precisamos arrancar esse fascista do poder, mas não para colocar o outro chamado Mourão. Lutamos por uma nova Constituinte imposta pela luta, onde possamos debater todos os problemas do país através de deputados eleitos e revogáveis pelos eleitores, porque com as regras do jogo do país hoje, trocar os jogadores (presidente e outros nas eleições) não vai mudar nada estrutural.

Confira o programa O Brasil não é para amadores, em que Valéria Muller e Danilo Paris conversam com Leandro Lanfredi, petroleiro, sobre o aumento do preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

 
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