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CULTURA
Ilú, as mulheres que tocam tambores para o rei Xangô e negra Elza
Gabriela Farrabrás
São Paulo | @gabriela_eagle

Comemorando seus 11 anos, o bloco do Ilú Obá de Min será um dos mais esperados, trazendo para o centro de São Paulo a cultura africana e um grito de resistência.

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No domingo, dia 31 de janeiro, foi realizado o último ensaio do Ilú Obá de Min. O que as pessoas viram na praça do patriarca foi toda a beleza possível. Cada um que estava ali saiu com a certeza de que o cortejo da sexta-feira, dia 5 de fevereiro, será o grande acontecimento do carnaval de São Paulo.

As mãos femininas que tocam tambores para o rei Xangô são hoje aproximadamente 250 mulheres e trarão seus toques e cantos aos orixás. Seu corpo de baile com a força dos orixás e seus bailarinos em pernas de pau encantam como sempre.

Na comemoração de seus 11 anos são com toda a certeza o bloco mais esperado desse ano. A mulher homenageada esse ano é ninguém menos que Elza Soares, essa mulher negra que fez do verso “a carne mais barata do mercado é a carne negra” um hino de denúncia e resistência do negro, vinda da favela será cantada pelas mulheres do Ilú Obá de Min como a “negra Elza”.

Há apenas uma certeza, o poder dessas quase 250 mulheres vestidas de branco e vermelho trazendo para as ruas do centro de São Paulo a cultura africana será belo; mas será mais do que isso, será um grito de resistência da mulher negra da periferia, da mulher negra que carrega consigo as marcas de cada africana escravizada na construção da sociedade brasileira, e traz para o centro do palco a cultura africana negada e escondida dos próprios negros.

O bloco sai na sexta, dia 5, as 19h30 da praça da república.

 
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