As mulheres indígenas protagonizam o mais recente capítulo da mobilização histórica dos povos originários em defesa das suas terras e de suas vidas. Hoje, 6 mil mulheres indígenas tomaram as ruas para protestar contra o Marco Temporal, contra a ofensiva do agronegócio através de seus lacaios, no Judiciário, no Congresso e em todo o governo Bolsonaro.
Nós do Esquerda Diário estivemos acampados com os indígenas desde o início dessa luta fazendo uma cobertura diária para essa luta que tanto a grande mídia tenta apagar. Na histórica Marcha das Mulheres não poderia ser diferente, nós do grupo de mulheres socialistas Pão e Rosas estivemos marchando junto a essas mulheres indígenas, nos solidarizando ativamente com essas guerreiras que historicamente estão na linha de frente.
A luta indígena, que em seu acampamento, nas suas vigílias e marchas, mostra que a mobilização é o caminho. Imagine a força que teria se em apoio à marcha dessas 6 mil mulheres estivessem o conjunto dos sindicatos e das entidades estudantis, mobilizando suas bases através de um plano de luta para barrar esse absurdo do Marco Temporal, mas também cada um dos ataques contra a classe trabalhadora, como as privatizações e reformas que mesmo em meio a crise sanitária, ao desemprego e a fome crescente seguem sendo aprovadas pelo regime.
Por isso que defendemos a necessidade de unir a luta indígena a classe trabalhadora, organizando um plano de luta, convocado em cada local de trabalho e estudo para barrar todos os ataques e se enfrentar contra todos os atores desse regime.
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