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OPERAÇÃO ALBA BRANCA
Esquema de fraude das merendas em SP chega a Padula, braço direito de Alckmin
Márcio Barbio

Escândalo de superfaturamento das merendas em São Paulo envolve alto escalão do governo Alckmin e não é o primeiro na pasta da educação. Todo trabalhador da educação sabe que existem muitos outros indícios de fraudes e superfaturamentos e mesmo compras desnecessárias.

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Como noticiado pelo Esquerda Diário, a Operação Alba Branca vinha investigando um esquema milionário de superfaturamento da merenda escolar na rede estadual de São Paulo e pelo menos mais 22 prefeituras de norte a sul do Estado. No inicio das investigações, aparecia envolvidos o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Fernando Capes, do PSDB, e a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (COAF). Entretanto, com o avançar das investigações, e a divulgação de interceptação telefônica mais três indivíduos aparecem envolvidos até o pescoço. São eles: Fernando Padula, chefe de gabinete da secretaria de educação, braço direito de Alckmin e famoso por ordenar uma “guerra” contra os secundaristas num áudio vazado de reunião em meio a luta contra a reorganização; o lobista Marcel Ferreira Júlio, filho do ex-deputado Leonel Júlio (cassado em 1976 pelo regime militar no "escândalo das calcinhas"), e ainda, Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", ex-assessor da Secretaria da Casa Civil de Alckmin, ou seja, gente de alto escalão no tucanato paulista.

Padula foi exonerado depois de ser chefe de gabinete da Secretária Estadual de Educação desde 2007, ou seja, durante os Governos Serra e Alckmin, e era tratado, conforme demonstram as gravações, com os outros dois envolvidos como “ nosso homem”. Por sua vez “Moita”, foi exonerado da chefia de gabinete de Edson Aparecido, secretário da Casa Civil, um dia antes de a operação Alba Branca ser deflagrada, no dia 19 de janeiro.

Os três investigados foram flagrados discutindo aditamento a um contrato. A partir da análise dos grampos, a Polícia destaca que os alvos da investigação se referem a Padula como "nosso homem".

Esse não é o primeiro escândalo envolvendo a secretaria de educação de SP

Em outra matéria também divulgada nesse site, também denunciamos os estratosféricos salários de Hermann, quando esse era ainda secretário. Na última semana publicamos também o salário do atual Secretario quando esse era Presidente do tribunal de Justiça. Salários esses totalmente ilegais, uma vez que ultrapassam em muito o teto salarial dos funcionários públicos, e ainda mais imorais, em um momento que os trabalhadores da educação amargam um arrocho salarial sem precedentes, com 0% de reajuste ano passado e com a promessa de mais um ano sem reajuste, o que fará com que nossos salários percam cerca de 20% do seu valor de compra comparado com os do inicio do ano de 2015.

Todo trabalhador da educação sabe que existem muitos outros indícios de fraudes e superfaturamentos e mesmo compras desnecessárias. Podemos fazer uma lista bastante longa. Podemos citar, apenas a titulo de ilustração, as centenas de milhares de apostilas que não são usadas, por sua qualidade sofrível ou por chegar totalmente fora de tempo. As assinaturas de revistas de editoras que constam na lista de doadoras de campanha de Serra e Alckmin. Sem falar nas parabólicas instaladas e nunca usadas em anos passados e um sem números de pequenas e grandes falcatruas.

Podemos concluir que todo o discurso que o estado não tem dinheiro para pagar melhores salários para professores e funcionários, possibilitando assim uma educação de melhor qualidade para os nossos alunos, não passa de falácia. Dinheiro tem, o problema é que tem ainda mais roubalheira nos corredores da Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo.

É preciso por de pé uma comissão de investigação independente do governo e da ALESP, uma comissão composta de trabalhadores (professores e funcionários administrativos) por estudantes e pais de alunos, para que se investigue até o fim e que se puna todos os envolvidos. Não podemos confiar numa assembléia legislativa que votou todas as leis de desmonte da educação – lei da categoria O, lei das faltas médicas, etc- e cujo presidente Fernando Capes é um dos envolvidos, tão pouco podemos confiar no próprio governo que nomeou e manteve por anos “ Moita “ e Padula. Exigimos punição de todos os envolvidos nesse e em todos os casos de fraude.

 
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