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Estudantes de Ciências Sociais da UFRN aprovam moção de apoio à greve da MRV
Redação Esquerda Diário Nordeste

Em assembleia do dia 17 de agosto, os estudantes de Ciências Sociais da UFRN se reuniram para discutir a situação política do país e a organização do curso para participar das manifestações que ocorreram no último dia 18 de Agosto contra a PEC 32 da Reforma Administrativa. Na discussão, aprovaram uma moção de solidariedade à greve dos trabalhadores da MRV de Campinas (SP), pelo pagamento do direito a participação nos lucros da empresa e contra a precarização do trabalho. Confira abaixo a moção.

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"Os trabalhadores da MRV estão em greve a mais um mês exigindo o pagamento da PLR e contra a precarização do trabalho. Se relata que enquanto a chefia recebe PLR de quase R$ 40 mil, os trabalhadores recebem menos de R$ 300 reais que a empresa ainda paga como bônus, vinculado à diversas regras. Também o que se vê no chão da obra é a precarização, com os trabalhadores não tendo nem papel higiênico e álcool gel.

A empresa também é reconhecida por contar com trabalho análogo a escravidão e acidentes de trabalho em seus canteiros, também havendo trabalhadores batendo massa com enxada, o que poderia ser feito por betoneira, ou comprar a massa pronta pra facilitar o trabalho. Além disso, muitos trabalhadores carregam peso acima do limite, usando escada, ou seja, carregando peso por 9, 10 andares. Muitos trabalhadores fazem isso para não perder o emprego, mesmo não sendo permitido dentro das leis trabalhistas.

Rubens Menin, o dono da MRV tem uma fortuna de 2,2 bilhões e é um bolsonarista declarado. Para o Atlético Mineiro, doou um terreno para fazer o estádio e 500 milhões para a obra do mesmo. Mas para os trabalhadores da MRV, que por sinal são os que constroem sua fortuna, ele impõe péssimas condições de trabalho, super exploração e não pagamento da PLR.

As trabalhadoras da MRV também escreveram uma carta muito forte e muito legítima para as atletas olímpicas que fazem parte do projeto #ElasTransformam da MRV. "Nós somos maioria de mulheres negras e nordestinas, saímos das nossas casas para trabalhar nos canteiros de obra e sustentar nossas famílias e não merecemos ser tratadas assim. Agora estamos sem salário e a empresa segue de olhos e ouvidos tapados. Pedimos a ajuda de vocês para que nossa luta seja conhecida e para que a empresa negocie nossa pauta, para que possamos seguir sustentando nossas famílias", dizem na carta.

Assim, nos estudantes de Ciências Sociais da UFRN damos todo o nosso apoio à greve dos 700 trabalhadores da MRV de Campinas. Acreditamos que essa forte greve mostra o caminho de como lutar para derrotar os ataques dos capitalistas, de Bolsonaro, Mourão e todo esse regime reacionário e golpista, que também ataca as UF’s por todo o Brasil."

 
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