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Crise institucional
Luiz Fux cancela reunião entre chefes dos Poderes após novas ameaças de Bolsonaro
Redação

O presidente do STF reagiu em resposta às últimas declarações de Bolsonaro na reacionária rádio Jovem Pan na quarta-feira (4) e em uma rádio evangélica na quinta-feira (5).

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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A crise institucional entre Bolsonaro e STF ganha nova capítulo após Fux cancelar a reunião entre os chefes dos Poderes. Nos últimos dias, o confronto escalou após Alexandre de Moraes incluir o presidente no inquérito sobre as fake news, Bolsonaro respondeu questionando o sistema eleitoral e manteve seu rotineiro tom golpista e autoritário.

Após abertura de inquérito | Bolsonaro ameaça Alexandre de Moraes, Ministro do STF, “a hora dele vai chegar”

A ausência de provas das fraudes continua sendo uma peça na disputa entre os poderes. Em resposta a ela, Bolsonaro criou uma nova distorção de um evento no qual um hacker conseguiu ter acesso ao código-fonte das urnas. Esse acesso não permite qualquer alteração, mas demonstra que há falhas no processo, por onde Bolsonaro tenta se esgueirar em sua política de se fazer de vítima para justificar respostas autoritárias.

Em ambas oportunidades, Bolsonaro manteve sua cotidiana política golpista acusando falhas e questionando o sistema eleitoral, seguindo as lições de seu mandatário Trump na invasão do Capitólio. Contudo, proferiu ataques pessoais contra os ministros do STF, como Moraes, por ser enquadrado no inquérito das fake news. “a hora dele vai chegar".

Fato que motivou uma resposta mais enfática do Supremo. O presidente Luiz Fux cancelou a reunião dos chefes dos Poderes e teve um discurso mais direto de crítica a Bolsonaro.

“(...) o presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, sendo certo que, quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro.”, afirmou o ministro.

Por sua vez, Alexandre de Moraes respondeu às ameaças de gangster do presidente, sem citá-lo. “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o Supremo Tribunal Federal de exercer, com respeito e serenidade, sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de Direito”.

O ministro afirma que a conduta de Bolsonaro no inquérito das fake news pode ser enquadrada em 11 crimes. Moraes diz cumprir sua “missão constitucional” de defesa da “democracia e do Estado de Direito” recorrendo à própria Lei de Segurança Nacional, entulho autoritário da Ditadura Militar preservado na constituição.

Ontem (5), Luiz Fux reservou o fim da sessão da Suprema Corte para encerrar as atividades com a declaração que buscou enfatizar a coesão dos ministros e cancelar a reunião dos chefes dos poderes.

 
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