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24J
Polícia de São Paulo prende manifestantes em dia de ato contra Bolsonaro. Liberdade imediata para todos!
Redação

Durante as manifestações de ontem à tarde, 24/07, a Polícia Militar do estado de São Paulo em mais uma ação truculenta apreendeu 10 manifestantes que participavam do ato na Avenida Paulista. Segundo informações do Ponte Jornalismo, a PM deteve cinco pessoas com “materiais proibidos” na Rua da Consolação e uma sexta na Avenida Paulista. Os materiais, conforme boletim de ocorrência, são panfletos, garrafa de vinagre, pilhas, frascos de magnésio, luvas, óculos de proteção, álcool em gel, megafone, sinalizadores e fogos de artifício.

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Foto: Daniel Arroyo / Ponte Jornalismo

Os cinco jovens, todos negros, de cerca de 20 anos e mais uma adolescente de 15 anos disseram à Ponte que estavam a caminho do ato, por volta das 16, quando os policiais o abordaram. “Vieram apontando arma, xingando a gente de tudo quanto é nome e que iam levar para a delegacia”, disse um deles. Outro homem, um professor de 40 anos, decidiu questionar a abordagem e acabou sendo levado junto pelos policiais.

Ato contra Bolsonaro em SP termina com 10 detidos - Ponte Jornalismo

A Tropa de Choque, enquanto o ato caminhava pela Rua da Consolação, passou a jogar muitas bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral para tentar dispersar os manifestantes. Enquanto o protesto seguia, a polícia apreendeu mais dois homens, agredindo-os com golpes de cassetete e contidos por pelo menos três policiais cada um. Logo depois, uma jovem de 24 anos foi encurralada por diversos policiais na esquina das ruas da Consolação e Ouro Preto e também foi levada ao 78º DP.

A manifestação se dispersou pouco tempo depois, após a repressão policial. Ao final da noite de sábado todos os detidos já haviam sido liberados, segundo a Ponte Jornalismo.

Outro homem foi preso durante a madrugada por dirigir o caminhão que estava junto aos manifestantes do movimento Revolução Periférica que atearam fogo na estátua de Borba Gato, colonizador bandeirante conhecido por capturar, escravizar e praticar atos cruéis contra indígenas e negros no Brasil no século XVIII.

O homem segue preso e aguardamos novas informações.

O grupo, através de suas redes sociais, informou que vem sendo perseguido por grupos de direita. O deputado estadual de São Paulo, o bolsonarista Gil Diniz, ao lado do advogado Bruno Jesus, publicou um vídeo em suas redes ameaçando os militantes e os chamando de “terroristas”.

Ninguém deve ser punido, perseguido e preso por lutar em defesa das vidas perdidas por responsabilidade de Bolsonaro e Mourão, somando mais de meio milhão de mortos pela Covid-19, sem contar todo o desemprego, fome e miséria que acomete outros tantos milhões de brasileiros em meio à crise econômica que é descarregada em nossas costas pelo governo federal, assim como pelos governadores, Congresso e STF que protegem o lucro dos capitalistas. Muito menos ser punido por destruir a estátua de um colonizador racista que carrega em sua história a morte de milhares de indígenas e negros desse país.

Nós do MRT e do Esquerda Diário repudiamos o autoritarismo de Bolsonaro e Doria, assim como a criminalização de ativistas e lutadores que vão às ruas defender nossos direitos e demonstrar rechaço ao governo e a história racista da colonização. Pela imediata liberdade de todos os presos políticos!

 
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