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Atos 24 de julho
No 24J chamamos um bloco independente pela greve geral para derrotar Bolsonaro e Mourão
Marcella Campos

É imprescindível a manutenção da nossa independência de classe para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os ataques e privatizações, justamente porque romper com ela é estar ao lado dos que junto de Bolsonaro não pensam duas vezes em se voltar contra a população e os trabalhadores.

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No próximo sábado, 24J, acontecerão os novos atos contra Bolsonaro e a catástrofe que seu governo representa para toda a população pobre e trabalhadores, além das mulheres, negros, indígenas e LGBTQI+. É impensável que essa força marche ao lado de partidos da direita e burgueses, que hoje aparecem como oposição a Bolsonaro, mas que não só lá trás agitavam aberrações como “Acelera São Paulo, com BolsoDoria”, seguem juntos em todos os ataques aos trabalhadores e estão neste mesmo momento aprovando juntos as privatizações, a reforma administrativa e o ataque aos povos indígenas.

São quase 300 cidades pelo país com atos marcados para sábado. É a quinta data marcada de manifestações pelo país, em que as direções do movimento de massas, como PT, PCdoB e as centrais sindicais, atuam para canalizar a vontade das ruas de enfrentar Bolsonaro e sua corja de militares, bem como todas as medidas aprovadas contra a população, para seus objetivos eleitorais e para a na ideia de que existe alguma saída institucional para nós como é o impeachment, que para ser implementado não será por fora de uma aliança com a direita neoliberal, a mesma que deu o golpe institucional de 2016 que nos trouxe até aqui e deu no Bolsonaro eleito e inúmeros direitos retirados..

A direita tradicional, que de forma demagógica se coloca no campo oposto de Bolsonaro, diante do nível de crise econômica e social governada pela extrema-direita, não hesita em estar ao lado de Bolsonaro, Mourão e Guedes pelos ataques. Agora partidos como o PSDB, Solidariedade e Cidadania decidiram aderir aos atos contra Bolsonaro e estão convocando, junto à algumas centrais sindicais, como a CTB, e entidades estudantis, entre elas a UNE, um “Bloco Democrático” para os atos.

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É escandaloso que PSTU e PSOL, partidos à esquerda do PT, tomem pra si a defesa da presença da direita nos nossos atos, reivindicando uma unidade de ação com inimigos da nossa classe. Na nota do bloco democrático eles dizem “é hora de unir os brasileiros, independente de colorações partidárias e ideológicas” contra Bolsonaro, o que quase não se diferencia da ideia do último editorial do PSTU sobre isso, que diz “A tarefa mais imediata hoje é botar para fora Bolsonaro e seu governo já, não esperar 2022. E para isso, temos que unir todos que se coloquem a favor desta luta, como fizemos nas Diretas Já". Diferente do que diz o PSTU, longe do PSDB defender os direitos democráticos são os que reprimem greves, retiram direitos e foram parte do golpe de 2016 que derrubou o PT para colocar um governo que desejassem mais ataques e de forma mais contundente a crise nas nossas costas, e para isso sequestrou o voto de milhões de pessoas junto ao judiciário reacionário.

É uma farsa defenderem essa unidade com a direita - uma unidade que está a serviço dos objetivos da direita e de conter a luta dos trabalhadores contra os ataques que esses mesmos partidos estão aplicando - usando como fundamento a tradição revolucionária (ou melhor, a distorção dela) da frente única operária, que é a unidade, em torno de acordos para a ação, da nossa classe, e não com os partidos burgueses.

E se por um lado não podemos aceitar que o PT e a CUT queiram transformar nosso ódio ao governo Bolsonaro e Mourão em campanha eleitoral para Lula 2022, também não podemos aceitar que em nome de lutar contra o governo a esquerda e as direções de massas e dos movimentos sociais aceitem marchar ao lado dos mesmos partidos dessa direita que de nenhuma maneira defende os mesmos interesses que os nossos.

É imprescindível a manutenção da nossa independência de classe para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os ataques e privatizações, justamente porque romper com ela é estar ao lado dos que junto de Bolsonaro não pensam duas vezes em se voltar contra a população e os trabalhadores.

Por isso, nós do MRT, Esquerda Diário e Juventude Faísca chamamos a marcharmos sábado com as nossas bandeiras, com as nossas pautas e com a nossa independência de classe. Vamos demonstrar a força da juventude que se enfrenta contra os cortes da educação, dos indígenas que vivem num campo de batalha contra o agronegócio e a extrema direita reacionária, e dos negros, das mulheres e LGBTQI+ em um bloco independente. Não aceitamos a ilusão de que com Lula e o PT eleitos em 2022 nossas vidas estarão resolvidas, tampouco aceitamos estar ao lado da direita neoliberal golpista de 2016.

Chamamos a CSP-Conlutas, central sindical de esquerda, que ao invés de se ausentar do debate sobre a apropriação da direita sobre os nossos atos, o que na prática é funcional à política do PSTU sua corrente majoritária, defendam a independência de classe necessária e ao mesmo tempo se enfrente com a política das demais centrais sindicais, que dirigem os trabalhadores que mais sofrem com os ataques, já que não estão autorizadas em transformar nossa luta em palanque e nem mesmo em base para CPI ou impeachment que fortalece um general como Mourão. Por isso, exigir que rompam com a direita nos nossos atos e organizem assembleias de base e reuniões nos locais de trabalho e estudo para debater um plano e uma greve geral para derrubar Bolsonaro e também Mourão com a nossa força.

 
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